in Jornal de Notícias
O abrandamento do crescimento económico coloca "novas dificuldades e desafios" e exige o reforço do trabalho de recuperação da confiança, para o qual o governo já criou os instrumentos adequados, defendeu o ministro do Trabalho, Vieira da Silva.
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a economia portuguesa recuou 0,1 por cento no terceiro trimestre face ao três meses anteriores, arriscando entrar em recessão técnica no último trimestre de 2008.
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José António Vieira da Silva, falava aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura do Acordo Tripartido entre o governo, Associação Portuguesa de Bancos e os três sindicatos representativos da banca para a integração futura dos trabalhadores bancários no regime geral de Segurança Social.
"A economia portuguesa continua a ter um crescimento relativamente ao que foi o desempenho face ao ano anterior", referiu o ministro, acrescentando que os resultados anunciados estão próximos dos dados da última estimativa divulgada.
No entanto, "o governo já reconheceu que este abrandamento do crescimento económico coloca-nos novas dificuldades e novos desafios e exige respostas políticas e o reforço do trabalho de recuperação da confiança", frisou Vieira da Silva.
Para o ministro, a confiança "é um aspecto fundamental para a recuperação económica".
"O governo tem apontado os instrumentos que considera prioritários e mais adequados para responder ao abrandamento da economia, na linha do que tem feito a maior parte dos países europeus e a própria União Europeia", acrescentou.