Helena Simão, in Jornal de Notícias
As antigas instalações da unidade de transformação de madeiras "Sotima", em Proença-a- -Nova, que chegou a ser a maior empregadora do concelho, vão dar lugar a um centro empresarial. O objectivo é relançar os sectores tradicionais, destacando-se as actividades da fileira florestal, através da criação de um novo pólo de desenvolvimento económico. As limitações financeiras levaram a autarquia a desenvolver parcerias público-privadas, uma estratégia que já está a colher frutos.
Para a construção deste centro empresarial, que deverá avançar no segundo trimestre deste ano, "o papel da Câmara foi angariar o investidor e encontrar quem possuísse a experiência e o know-how", explica o presidente João Paulo Catarino. A Lena Ambiente, do grupo Lena, foi a escolhida, ficando responsável pela concepção e desenvolvimento do projecto, que prevê a requalificação de uma área de 250 mil metros quadrados, dos quais 27 mil são espaço coberto, bem como a beneficiação de cerca de cem mil metros quadrados para área florestal e agrícola. No total, o investimento ultrapassa os 50 milhões de euros.
Segundo a empresa, o futuro complexo terá uma vocação especial para as unidades ligadas à floresta e ao desenvolvimento de energias renováveis. A zona a requalificar será objecto de estudos ambientais, de forma a tornar-se um "exemplo de sustentabilidade".
O presidente da Câmara está bastante optimista com a concretização do projecto, uma vez que aquele que já "foi o pulmão económico do concelho poderá voltar a sê-lo". "Temos qualidade de vida e boas acessibilidades, só falta o emprego para tornar a zona mais atractiva", sublinha, adiantando que este pólo poderá criar entre uma a duas centenas de postos de trabalho.