18.8.09

Idosos: Rede Anti-pobreza critica burocracia à volta do CSI

in Diário Digital

O presidente da Rede Europeia Anti-pobreza criticou a burocracia que rodeia a atribuição do complemento solidário para idosos (CSI). Em declarações à TSF, Jardim Moreira entende que a meta relativa a este complemento não foi atingida a 100% por causa de algumas exigências difíceis de cumprir.

O complemento solidário para idosos foi criado há três anos e tinha como objectivo retirar 300 mil idosos da pobreza.

Ouvido pela TSF, Jardim Moreira lembrou que nem todos os idosos sabem ler e escrever e que muitos estão impossibilitados de andar, ao passo que outros não têm formação e assim têm dificuldade em aceder a informação sobre este complemento.

«Por outro lado, outra dificuldade que veio a exigência, que tem alguma lógica, da informação dos sítios, do vencimento dos filhos, quando os têm, mas muitos pais para não criarem problemas com os filhos preferiram abdicar da medida», explicou.

O responsável reconhece as boas intenções do programa, mas refere que afinal apenas ajuda a reduzir as estatísticas, uma vez que dá entre 20 e cem euros aos idosos, o que os ajuda a pagar os medicamentos e alimentos.

«A verdade é que não é por aí que as pessoas deixam de ser pobres. O que se fez a nível ministerial conseguiu uma coisa que é muitíssimo fácil para a estatística, porque assim aplica-se a verba e as pessoas deixam de estar no limite da exclusão da pobreza», adiantou.

O Ministério do Trabalho e Segurança Social, contactado pela TSF, esclareceu que está a realizar acções entre os idosos com o recurso a técnicos que ajudam a preencher os impressos.

Quanto à questão dos filhos, o Governo diz que este assunto nunca foi entrave a que fosse atribuído o complemento.