Helena Silva, in Jornal de Notícias
Presidente sugere "nova página" apoios sociais em vez de betão
"Passada a fase da construção das infra--estruturas, é tempo de abrirmos uma nova página na história dos municípios a do desenvolvimento social", defendeu Cavaco Silva, ontem, em Santarém, no encerramento da conferência que fechou o Roteiro para a Inclusão".
Recordando alguns dos locais por onde passou e as situações de dificuldade com que foi confrontado, Cavaco constatou ter encontrado um elo comum "O baixo nível de instrução e de qualificação das pessoas que protagonizam esses casos". Por isso, considerou, "a escola tem sido e vai continuar a ser o mais importante instrumento de inclusão social". "É na escola que construímos os alicerces de uma sociedade mais coesa e mais aberta ao mundo e ao conhecimento", defendeu, apelando a um esforço "no sentido de aumentar as expectativas e as metas de escolarização das novas gerações".
A inclusão é um tema que preocupa toda a Europa, foi a mensagem que deixou o presidente da Comissão, convidado para a sessão de encerramento da conferência. Para o responsável, este é mesmo o "magno problema para a Europa".
Durão Barroso defendeu que "a União necessita de mecanismos agregadores que só o mercado não fornece". Pelo contrário "Se queremos que o mercado se fortaleça precisamos de mecanismos de coesão e solidariedade". Barroso, que elogiou medidas do Governo, nomeadamente na nova lei de bases da Segurança Social, chamou ainda a atenção para o facto de Portugal ser o país da Comunidade com "a situação mais crítica a nível da desigualdade".