Lucília Oliveira, in Fátima Missionária
A lepra tem cura. Ajude a tratá-la, desafia a Associação portuguesa Amigos de Raoul Follereau
A lepra não está ainda erradicada em todos os países, em especial, nos mais pobres. Apesar do número de pessoas atingidas por essa doença ter baixado, nas últimas décadas, para 15 ou 20 por cento, nos países mais pobres, ela é um flagelo. Em especial em países onde o nível de vida das populações não atingiu padrões aceitáveis no âmbito da alimentação, saúde, higiene, educação e formação, isto é, onde não há acesso a água potável, nutrição e habitação condignas, adianta a Associação portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF). «São as carências nestas áreas que permitem o aparecimento de 400 mil novos casos de lepra por ano, impedindo a erradicação da doença a curto prazo», salienta a APARF.
A comemoração do 58º Dia Mundial do Leproso, a 30 de Janeiro de 2011 é naturalmente, « uma grande jornada de informação, reflexão e solidariedade a favor dos vários milhões de leprosos de todo o mundo». Nesta altura são também recordadas «tantas outras pessoas que são vítimas de diferentes doenças, da pobreza e da fome e, por isso, sofrem de exclusão social».
A data foi instituída em 1954, pela organização das Nações Unidas, a pedido de Raoul Follereau com o objectivo principal de alertar a população mundial para a situação de miséria e de sofrimento dos 25 milhões de pessoas afectadas pela Lepra que existiam nessa altura em todo o mundo.