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O município de Santa Maria da Feira tem 9.172 desempregados entre cerca de 150 mil habitantes, uma situação de «crescente angústia», expressa em fome, perda da residência própria e até «prostituição seletiva», alertam responsáveis de associações locais.
Segundo os diretores de duas das instituições de solidariedade social mais ativas no concelho, cada uma delas prestando a cerca de 500 famílias, a pobreza não é visível para o resto da população da Feira.
«Quando se fala de pobreza e fome não é poesia», assegura o padre Manuel Pires, que dirige a instituição Rosto Solidário: «Ainda agora tivemos uma família que só descobrimos que precisava de ajuda porque a senhora foi a uma padaria e pediu crédito para comprar os três pães com fiambre com que ia alimentar a família toda, um dia inteiro».
Diário Digital / Lusa