Por Mariana Oliveira, in Jornal Público
Dezassete arguidos envolvidos numa rede que realizou 173 casamentos fraudulentos foram acusados a semana passada de associação criminosa de auxílio à imigração ilegal, associação criminosa e casamento de conveniência, segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. "A organização dedicava-se ao recrutamento de cidadãs portuguesas em zonas degradadas, as quais aceitavam, a troco de quantias em dinheiro, a realização de casamentos de conveniência com indivíduos oriundos da comunidade indiana, com a única finalidade de facilitar a entrada e a permanência no espaço europeu de tais indivíduos", lê-se na nota da procuradoria.
Os casamentos custavam entre 11 mil e 20 mil euros, com as noivas a receberem entre mil e três mil euros. A participação de testemunhas e intérpretes também era remunerada com cerca de 500 euros. Entre Agosto de 2007 e Dezembro de 2008, os arguidos terão realizado 173 casamentos fraudulentos, "com o exclusivo fim de obter a permanência legal no espaço comunitário de cidadãos provenientes da Índia e do Paquistão", adianta a nota.