Por Raquel Martins, in Jornal Público
Ao longo do dia de ontem, os beneficiários do rendimento social de inserção, abono de família ou subsídio social de desemprego acorreram aos serviços da Segurança Social para fazerem a prova dos seus rendimentos e evitarem perder estas prestações sociais. Naquele que foi o último dia para apresentarem a prova de condição de recursos, a afluência foi maior do que o normal, mas o Ministério do Trabalho garante que tudo correu com normalidade.
De acordo com o presidente do Instituto de Segurança Social, Edmundo Martinho, desde o início da semana que os serviços registaram uma "grande afluência" de cidadãos para a entrega da prova, "o que é normal nos últimos dias dos prazos. A afluência era muito grande no início das manhãs, mas ao fim da manhã estava sempre tudo resolvido", disse à Lusa.
Desde meados de 2010, o leque de rendimentos considerados pela Segurança Social para a atribuição de prestações sociais foi alargado. Além dos salários, passaram a ser contabilizados rendimentos de capitais e prediais, as pensões, as prestações sociais, os apoios à habitação com carácter de regularidade e as bolsas de estudo e formação.
O beneficiário tem ainda que comprovar que os depósitos bancários ou aplicações financeiras não excedem os 100 mil euros. O conceito de agregado familiar também foi alterado, levando a que algumas prestações tenham sido cortadas ou reduzidas.
No final de Dezembro, a Segurança Social já tinha concluído mais de 900 mil provas de condição de recursos no site da Segurança Social Directa. Porém, o prazo foi prorrogado até agora, desde que os beneficiários tivessem pedido a senha para aceder ao sistema até ao final do ano.
Embora a prova possa ser feita pela Internet, muitos beneficiários acabam por se dirigir aos serviços, dado que o preenchimento do formulário tem alguma complexidade.