São José Almeida, in Jornal Público
O bispo das Forças Armadas, Januário Torgal Ferreira, o presidente da AMI-P, Fernando Nobre, o fundador do PS António Arnault e o arquitecto Nuno Teotónio Pereira são alguns dos membros do Conselho dos Fundadores da associação cívica de defesa dos direitos humanos Fórum pela Paz que esta semana foi lançada em Lisboa.
Na fundação do fórum estão também ex-dirigentes do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) como António Pessoa, Corregedor da Fonseca, Domingos Lopes e Vítor Garrido, que romperam com aquela organização em protesto contra a hegemonia do PCP.
A nova organização junta ainda personalidades de alinhamentos políticos diversos da esquerda, como os juristas Eduardo Maia Costa e António Cluny, o padre Constantino Alves, o historiador António Borges Coelho, os sindicalistas Kalidás Barreto, António Avelãs, Paulo Sucena e Ulisses Garrido, os militares de Abril Mário Tomé e Vasco Lourenço, as actrizes Maria do Céu Guerra e Manuela de Freitas, o encenador Hélder Guerra e os cantores José Mário Branto, Vitorino e Janita Salomé.
"Os objectivos do Fórum são a reflexão e a intervenção sobre problemas da paz e dos direitos humanos, uma área de acção cívica de que não há muita tradição em Portugal", explicou ao PÚBLICO Domingos Lopes. Este fundador do fórum afirmou que esta organização "não é feita para concorrer com o CPPC, é uma organização independente com gente diversa e independente, mesmo quando tem filiação partidária."