20.11.14

Setor do calçado vive «momento excecional»

in TSF

Os cerca de 40 mil trabalhadores do setor do calçado vão ter um aumento salarial com efeitos retroativos a 1 de outubro deste ano. Em Guimarães, a reportagem da TSF encontrou sorrisos e satisfação pela notícia. No setor, os dias são encarados como dos melhores de sempre.

A Associação dos Industriais de Calçado espera fechar o ano de 2014 com lucros históricos. Paulo Gonçalves, porta-voz da APPICAPS, fala num ano excecional. O setor está a contribuir para criar postos de trabalho e a exportar para os 5 continentes, está a viver o melhor momento de sempre.

Ao abrigo do novo contrato coletivo, acordado entre a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal o aumento da massa salarial é de 3,3%, face à tabela salarial negociada em 2011.

O novo contrato coletivo de trabalho, que abrange cerca de 40 mil trabalhadores de duas mil empresas, introduz algumas alterações, nomeadamente, nos regimes de aprendizagem e da adaptabilidade dos horários de trabalho. Cria também um novo regime da organização do trabalho com a laboração de quatro turnos diários de seis horas e de 36 horas por semana, indica um comunicado da FESETE.

No que respeita à massa salarial, o subsídio de refeição diário mantém-se nos 2,20 euros e os salários mensais de cerca de 57% trabalhadores foram atualizados em 20 euros. Os restantes trabalhadores, entre os quais se incluem trabalhadores da produção, quadros intermédios e superiores, trabalhadores administrativos e trabalhadores das áreas de apoio, tiveram uma atualização salarial que varia entre os 14 euros e os 16,50 euros mensais.

A TSF foi até Guimarães ouvir a opinião dos trabalhadores do setor. «Tudo o que vier é bom» é a reação generalizada entre os funcionários das fábricas da região.