Ana Fragoso, in Jornal Público
A Casa de Trabalho Oliveira Salazar, de Bragança, está à procura de famílias interessadas em participar num projecto que lançou no Natal de 2005. Então, esta instituição de solidariedade social desafiou a sociedade local a acolher jovens da instituição sem retaguarda familiar.
Duas famílias responderam de imediato ao repto lançado e constituíram-se como "famílias de afecto" de dois jovens. Um ano e meio volvido, são já 13 as "famílias de afecto" do concelho que trabalham com a instituição.
"Os jovens saem regularmente ao fim-de-semana, nas férias e épocas festivas, alguns até já foram passar férias ao estrangeiro com essa famílias", explica Elizeta Vilares, coordenadora do projecto. E o resultado não podia ser melhor: "Os jovens criaram laços afectivos, melhoraram a sua capacidade de relação e interacção com os outros, até encontraram figuras de referência nessas famílias", acrescenta a mesma responsável.
Dos 60 jovens que a instituição acolhe, mais de 20 estão em condições de ter esta "família" que os adopta do ponto de vista afectivo.
A Casa de Trabalho traçou como meta conseguir reunir, até ao final do presente ano lectivo, 25 famílias que se encontrem na disposição de apoiar estes jovens e crianças oriundos de famílias desfeitas, que raramente os visitam.