27.12.11

Cortes na protecção social "põem em causa" ajuda aos mais pobres

in RR

Eugénio da Fonseca diz que sociedade civil não consegue ajudar mais Cáritas defende que Governo deve renegociar acordo com a “troika”, "pois as pessoas devem estar acima das medidas de austeridade".

O presidente da Cáritas alerta para as consequências dos cortes que o Governo está a fazer nas medidas de protecção social. Eugénio da Fonseca está preocupado com os números do Ministério da Segurança Social, que referem que apenas 44% dos desempregados recebem subsídio, e diz que a sociedade civil está a perder margem de manobra na ajuda aos mais carenciados.

“Não sei como é que vamos conseguir, se continuarmos por este caminho, a fazer com que as pessoas consigam ter acesso a bens essenciais para poderem viver com o mínimo de condições”, sublinha o presidente da Cáritas.

Eugénio da Fonseca critica o facto de o Estado continuar “a cortar nestas medidas de protecção social” e de não as “substituir por outras que visem minorar a agressividade da pobreza em que as pessoas se encontram”.

O presidente da Cáritas sublinha que a “sociedade civil que, até agora, tem vindo a ser a tal almofada social, não poderá continuar a sê-lo por muito mais tempo para todos os que procuram ajuda”.

Eugénio da Fonseca defende que o Governo deve renegociar o acordo com a “troika”, lembrando que "as pessoas devem estar acima das medidas de austeridade".