Rui Alberto Sequeira, in Correio do Minho
A emergência social é a matriz da intervenção da Cruz Vermelha de Braga, explica Armando Osório presidente da delegação. Na entrevista ao Correio do Minho/Antena Minho publicada no dia em que o cantor Tony Carreira marca presença no jantar humanitário da instituição, o responsável máximo da Cruz Vermelha bracarense lamenta que tenha sido recusado financiamento para o único Centro Local de Apoio a Imigrantes na região.
P - Na entrevista que deu ao Correio Minho/Antena Minho em 2012 dizia que “só quem fosse cego é que não via a fome que existia”. Dois anos depois que radiografia social faz de Braga no âmbito da intervenção da Cruz Vermelha?
R - A fome foi minorada porque o projecto de emergência alimentar que levou à criação de cantinas sociais, só nós Cruz Vermelha de Braga (CVB) estamos a servir uma centena de refeições, veio ajudar a resolver muitos problemas e a atenuar situações de fome existentes em Braga. Na CVB continuamos à tarde a fazer a distribuição de uma mini merenda para 70 a 80 pessoas. Minorou-se situações de fome mas os problemas sociais continuam.
P - Houve um reforço da respostas sociais mas o problema de base mantém-se?
R - Mantém-se. Com a crise que existe e que está longe de estar resolvida, o problema agrava-se. Nós continuamos a ter mais ‘clientes’. No Centro de Acolhimento Temporário (CAT) para além dos 47 utentes que estão contratualizados com a Segurança Social temos lá mais seis. E não temos mais porque o CAT já está ‘cheio como um ovo’.
P - O CAT é uma valência da Cruz Vermelha de Braga que tem a sua capacidade esgotada?
R - A institucionalização é algo que já foi bom. Hoje começa a ser colocada de lado. Existem outros projectos já testados a nível internacional como é o caso do 'Housing First' (A Casa Primeiro) que deu os seus primeiros passos no Canadá e nos Estados Unidos em 1992. Trata-se de um modelo que tem uma taxa de inclusão de pessoas com sucesso na ordem dos 85%. Quem vive na rua tem problemas económicos, psíquicos, de variadas dependências, familiares, etc...ir para uma instituição onde estão quase meia centena de pessoas com problemas semelhantes não é, se calhar, o melhor processo de recuperação e depois inclusão.
P - A delegação da CVP anunciou que ia aplicar esse modelo, o ‘Housing First’. Já existem desenvolvimentos na sua aplicação na cidade de Braga?
R - Em Dezembro do ano passado houve uma conferência internacional que decorreu na Gulbenkian organizada pela Associação do Estudo e Inclusão Psicossocial que integra diversas autarquias e também a delegação da CVB. Nós fomos a esse evento e de facto tivemos a percepção que uma solução que tinha apresentado resultados positivos em Lisboa e em Cascais em Braga também podia ter. Avançámos para o projecto ‘Housing First’ sem rede, isto é, sem suporte financeiro.
P - Com que resultados até ao momento?
R - Com resultados excelentes. Tivemos a Bragahabit que de facto foi importante no apoio e acreditou no que explicámos e pagou á Cruz Vermelha Portuguesa de Braga o aluguer de uma casa. Depois surgiu uma parceria de empresas que permitiram a ocupação de um apartamento por três anos e nós alugamos uma outra habitação. Temos desde há sete meses três casas a funcionar no âmbito do modelo ‘Housing First’. A Segurança Social acreditou neste nosso projecto e deu-nos mais duas casas. A título de exemplo uma das pessoas estava na rua há 15 anos com problemas de alcoolismo, passou a viver num apartamento e conseguiu deixar a bebida. Temos regras muito claras. Há técnicos da CVP de Braga que acompanham essas pessoas que passaram a viver em apartamentos. Primeiro com uma frequência quase diária. Depois á medida que se vai fazendo a adaptação á nova situação de vida o acompanhamento da nossa parte vai no sentido de lhes dar uma maior autonomia. Com os diversos apoios que nos têm chegado, com a angariação de verbas através de iniciativas como os concertos solidarios, vamos tendo meios financeiros para manter o projecto. O nosso objectivo é a inclusão.
P - Qual é o envolvimento do meio empresarial de Braga em relação ao trabalho desenvolvido pela delegação bracarense da Cruz Vermelha? Existe mecenato social?
R - Creio que temos tido um apoio significativo. Ainda há dias a Primavera Software mudou de instalações e deu equipamento informático que nos permitiu apoiar as crianças que temos no projecto ‘Geração Tecla’. A Universidade do Minho também nos deu oito computadores. São apoios imprescindíveis. Ainda relativamente ao mecenato social, temos uma pessoa que está a desenvolver um programa informático de gestão de processos. Um utente hoje está no CAT mas amanhã está na rua e nós perdemos muitas vezes o rasto da pessoa. Assim temos uma informatização dos processos de todos os nossos utentes. Era algo que custava muito dinheiro e que está a ser feito precisamente ao abrigo do mecenato social.
P - A Geração Tecla é um projecto de inclusão social de crianças e jovens. É uma área muito acarinhada pela Cruz Vermelha de Braga a inclusão de franjas marginalizadas da sociedade?
R - É para isso que nós existimos. Desenvolvemos em Prado (Vila Verde) uma horta biológica onde temos 16 pessoas a trabalhar. São beneficiários do Rendimento Social de Inserção outros nem isso e temos lá cinco famílias de etnia cigana. Os produtos lá obtidos são vendidos para o projecto ‘Prove’.
P - O Dr. Armando Osório pouco tempo depois de ter assumido as funções de presidente da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa em 2011 constituiu um grupo de consultores, pessoas ligadas ao meio empresarial da região. Esse grupo de trabalho ainda se mantém activo?
R - O primeiro desafio que lancei foi recuperar as instalações sanitárias do CAT que estavam degradadas. Actualmente não se reúne como grupo mas sempre que solicitamos a intervenção dos empresários ligados a esse grupo as portas abrem-se.
P - No decurso desta entrevista sublinha o trabalho de inclusão social realizado pela CVB. Ainda há muitos sem abrigo em Braga?
R - Na Cruz Vermelha de Braga temos uma equipa de rua que é excelente e faz uma monitorização sobre esses casos. Existe uma dezena de situações. Nós se tivéssemos mais habitações no projecto ‘Housing First’ as pessoas iam para lá. Quem está na rua com problemas muitas vezes não quer ir para instituições onde vai encontrar outras pessoas com o mesmo género de problemas.
P - Mas são pessoas que não manifestam vontade de sair da rua?
R - Sim. Em princípio sim! A maior parte dos sem abrigo têm problemas de toxicodependência e psíquicos embora tivéssemos já referenciado um ex-empresário.
P - Apontou para dez casos…em Braga. Podia ter-se a ideia que este era um fenómeno mais frequente em termos meramente estatísticos.
R - São dez casos importantes. Sejam uma centena, seja um é sempre importante. Nós também temos as residências partilhadas que a Segurança Social paga e quando recorremos a este organismo para resolver uma situação de alguém que está na rua, há sempre uma resposta positiva.
P - O que está a afirmar é que se uma dessas dez pessoas quisesse ir para o CAT ou para um quarto partilhado poderia ir?
R - Para o CAT não porque temos as instalações lotadas, mas era possível encontrar uma resposta em quartos particulares. É obvio que têm de se sujeitar a regras. Tivemos pessoas que poderiam ter ido para o Centro de Acolhimento Temporário mas nunca quiseram.
P - Como o próprio nome indica o Centro é para ser uma resposta temporária, o objectivo ultimo é a reintegração social dos utentes? Consegue avaliar a taxa de sucesso ou as pessoas vão se eternizando no CAT?
R - Já mencionei nesta entrevista que os Centros de Acolhimento Temporário estão ultrapassados. Reparem: são pessoas com problemas. Os nossos técnicos passam o tempo a gerir conflitos e ficam sem condições temporais para fazerem um trabalho de inclusão ou para elevar a auto estima.
P - Então a tendência é que o CAT acabe por funcionar mais como um espaço de permanência temporal indefinida para a maior parte dos utentes?
R - Não podemos mandar as pessoas para a rua. Através do modelo ‘Housing First’ procuramos sempre não desenraizar o sem abrigo encontrando sempre um apartamento na zona onde ele ‘vivia’.
P - Fez referência ao apoio da empresa municipal Bragahabit. Admite que possa vir a ser uma parceira mais envolvida?
R - Neste momento a Bragahabit não tem capacidade para disponibilizar casas para o projecto. Mas há a possibilidade de ser atribuída uma verba que nos permita fazer o aluguer de apartamentos.
P - Pode-se afirmar que o trabalho social hoje desenvolvido pela delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa tem a inclusão como objectivo final?
R - A emergência social com a inclusão é a nossa grande bandeira. Trabalhamos todos para a inclusão.
P - Esse trabalho passa também pelas equipas de rua. Que tipo de acções fazem em Braga?
R - Temos com o Ministério da Saúde o projecto de distribuição da metadona. É um trabalho que se faz os 365 dias do ano. Também para esta intervenção pedimos o apoio da sociedade - o jantar humanitário de hoje também é para ajudar neste trabalho -porque o Estado não nos paga tudo.
P - Na entrevista que nos deu em 2012, uma das ideias que deixou expressa tinha precisamente a ver com o facto do Estado quando estabelece protocolos de cooperação com instituições, normalmente não paga a totalidade dos custos das acções, isso continua a verificar-se?
R - O Estado se fosse tão bom gestor como gere a área social, era um Estado sem problemas de deficit porque faz um “outsourcing” (processo usado por um estado ou por uma empresa no qual outra organização é contratada para desenvolver uma certa área do estado ou da empresa que contrata). Nós privados temos de fazer melhor porque estamos sujeitos a inspecções. O Estado não nos paga o valor do trabalho. No CAT recebemos 80 por cento de comparticipação estatal. Se não fosse o Pingo Doce ajudar-nos diariamente com géneros alimentares…
P - O Estado tem-se demitido da sua funções sociais entregando essa área mais às instituições privadas?
R - E acho que bem! Há sectores para os quais o Estado não tem vocação. Vou dar uma opinião muito minha. Geri durante vários anos os Serviços Sociais da UMinho que deixei sem dívidas e com reconhecimento pela própria Associação Académica mas eu não vim para a CVB para ser gestor. O Comité Internacional da Cruz Vermelha tem no seu “sítio” na internet uma formação online para dirigentes das delegações onde é feita uma distinção entre a direcção e a gestão. Se há coisas boas que se fazem nesta delegação de Braga são os nossos operacionais. São os nossos 130 profissionais e os mais de 500 voluntários que lá temos. Nós direcção, definimos objectivos, definimos regras de avaliação, exercemos a nossa influência pessoal junto dos amigos de longa data, aconselhamos, monitorizamos aquilo que se faz mas “não metemos a mão” na gestão de processos.
P - Dizia também em 2012 que enquanto fosse presidente da CVB não iria aceitar mais protocolos deficitários com o Estado?
R - Mais nenhum. Fizemos muitos protocolos.Não lucramos mas os custos que temos são pagos. Inclusive os percentuais. Quando acaba o projecto temos de dispensar as pessoas e tem de se pagar os percentuais. Mas atenção! Um protocolo como o “Housing First” ou outro que seja para suprir as carências de pessoas socialmente desprotegidas e em que seja necessário fazer um trabalho de inclusão aceitamos até sem financiamento.
P - Para quando a mudança das instalações da delegação de Braga da Cruz Vermelha?
R - Como sabem os centros de recrutamento militar foram extintos. Fizemos um protocolo com a secretaria de estado da defesa para a cedência das instalações do Centro de Recrutamento de Braga em Santa Tecla. São boas instalações com um parque onde cabem as nossas ambulâncias. Quanto á mudança faço minhas as palavras que me disseram de Lisboa: esperemos que até ao final deste ano. Relativamente às actuais instalações na Av.31 de Janeiro devem ser vendidas permitindo a angariação de receitas.
P - No inicio do seu mandato, em 2011, estava mais preocupado com a situação financeira da delegação da CVB do que agora, ou não?
R - Sim porque as dividas estão a ser negociadas. Se me quiserem mais quatro anos como presidente da delegação de Braga…
P - Está disponível para mais um mandato?
R - Só para a deixar a divida da instituição a zero.
P- Os processos mais complicados foram resolvidos?
R - Foram. Houve do lado dos nossos credores bastante flexibilidade. Ainda assim estamos com encargos na ordem dos 9 mil a 10 mil euros por mês para pagar dívidas o que para nós é um grande esforço. Uma vez que as receitas não aumentam fui buscar o dinheiro para amortizar as nossas dívidas á poupança. Consegui poupar 60% nas despesas de funcionamento, excluindo as com o pessoal. Essa poupança está reflectida nas nossas contas.
P - A solidariedade social é vista muitas vezes como um negócio e á pouco fazia aquela diferenciação entre os processos de direcção e de gestão…
R - A gestão não é para amadores. A gestão tem de ser profissionalizada. Eu se quisesse ser gestor na Cruz Vermelha tinha de fazer como quando estava nos serviços sociais da Universidade, 24 horas dedicado á causa. Tenho pessoas que têm essa responsabilidade. Acompanho os processos, dou os meus conselhos e discuto as opiniões.
P- Na sua opinião há efectivamente um trabalho em rede e complementar entre as várias instituições que em Braga trabalham no domínio do social?
R- Cada um quer a sua quinta. Eu diria que é endémico na sociedade. Quando cheguei à Cruz Vermelha de Braga havia 14 valências; havia 14 quintas. Dentro da própria instituição era assim. Hoje felizmente essa situação está praticamente diluída.
P - Quer dizer que o conceito de rede social não é assim tão efectivo na prática entre instituições sociais?
R- Se é difícil muitas vezes articular vontades dentro de uma instituição imagine-se a complexidade que existe quando há diversas entidades envolvidas. No entanto deixem me que diga que tenho boas relações com todos e nunca ninguém me fechou a porta.
P- A Cruz Vermelha de Braga não tem a concorrência de outras instituições porque actua em valências que quase ninguém quer?
R - É verdade. No apoio aos toxicodependentes, aos sem abrigo há quem faça mas não há quem faça tanto como nós. Mas isso também é a nossa bandeira, a nossa matriz.
P - Ainda a assim a delegação da CVB também gere valências sociais, diríamos mais tradicionais. Tem uma creche em Braga, um lar em Terras de Bouro. Vão continuar a investir nessas áreas sociais?
R - A Cruz Vermelha é uma Organização Não Governamental (ONG) equiparada a uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). Quando mencionou o lar esse é um trabalho próprio das IPSS. A Cruz Vermelha de Braga começou com essa valência quando o estado decidiu dar início ao denominado Estado Social e recorreu às instituições que estavam no terreno. Criaram-se muitas a partir dessa altura para cumprirem essas atribuições. A Cruz Vermelha como era equiparada a IPSS acabou também por desenvolver projectos como a creche e o lar em Terras de Bouro que vai agora ser integrado numa outra IPSS local dirigida pelo padre Fernando, porque o nosso lar já tem poucas condições de acolhimento de utentes. Temos ainda um serviço de apoio domiciliário.
P - Uma das intervenções que diferencia a delegação da Cruz Vermelha de Braga é o Centro Local de Apoio á Integração de Imigrantes (CLAII). É um projecto a manter?
R - Incompreensivelmente ficámos sem financiamento. Concorremos com o projecto e não foi atribuída qualquer verba para continuarmos o trabalho que ali fazemos e que é único ao nível do distrito de Braga.
P - Porque é que o CLAII não teve classificação suficiente para ser apoiado com financiamento?
R - Têm de perguntar aos senhores do Alto Comissariado para as Migrações (ACM).
P - Não era prioritária a situação dos imigrantes em Braga?
R - É! Em Braga para além do nosso centro não há mais ninguém que apoie os imigrantes em situações de fragilidade social.
P - Há muitos casos de imigrantes a necessitarem de recorrerem ao CLAII?
R - Houve na primeira década deste século um grande número de imigrantes que vieram para Portugal e para Braga oriundos do Brasil e Leste da Europa. Hoje esse número é muitíssimo menor mas ainda é uma estrutura que é procurada. Para se ter uma ideia o CLAII pode ajudar uma pessoa que está a ser traficada e que não vai á polícia por medo. Nós juntamente com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, com quem temos uma relação extraordinária, tratamos junto das embaixadas da documentação desses imigrantes que não têm identificação e conseguimos fazer o repatriamento ou com dinheiro das embaixadas ou com verbas europeias
P - E não tendo qualquer financiamento, o Centro Local de Apoio á Integração de Imigrantes continua a funcionar a expensas da Cruz Vermelha de Braga?
R - Dizem-nos que vai ser uma segunda candidatura para financiamento em 2015. Custa-me que alguém chegue ao CLAII e encontre a porta fechada. Essas pessoas precisam de ajuda. Mesmo sem financiamento a CVB vai fazer o esforço de manter o Centro Local a funcionar. Vamos ter esperança que lá para Abril ou Maio do próximo ano possa haver dinheiro para apoiar o projecto. Não havendo nada idêntico em Braga não sei como foi possível ficarmos sem financiamento. Somente no Porto existe.
P - Mas do ACM não obteve nenhuma explicação para o sucedido?
R - Eu pedi uma entrevista ao Alto-Comissário que disse-me não ser nada com ele e remeteu a decisão do não financiamento para a responsabilidade de um júri que avaliou os projectos a concurso.
P - Está nos planos da direcção da Cruz Vermelha de Braga extinguir algumas valências ditas tradicionais apostando mais nas de emergência social?
R - Não, não! As que existem ficam. Não temos dinheiro para indemnizar as pessoas e além do mais o serviço é bem prestado junto dos utentes. Nós gostamos de fazer aquilo que os outros não fazem em matéria social mas gostamos de fazer bem feito. Queremos aplicar um sistema de qualidade monitorizado aos serviços que prestamos. Em algumas valências já esta a funcionar a 100% mas em outras ainda não
P - Esta entrevista é publicada no dia em que a Cruz Vermelha de Braga promove um jantar humanitário com a presença de Tony Carreira que calculamos tenha esgotado as inscrições?
R - As mesas estão todas vendidas a empresas e a particulares. Fizemos um leilão de dois lugares na internet para o jantar que davam direito a quem os licitou a ficar sentado na mesa do Tony Carreira. O valor da licitação atingiu os 1050 euros.
P - Foi fácil convencer o Tony Carreira a vir a Braga e participar neste jantar humanitário?
R - O meu filho é muito amigo do Tony Carreira e numa das vezes que ele veio actuar a Braga apercebeu-se das nossas dificuldades e do trabalho que fazemos. Depois foi uma questão de o convidar a estar presente e acertar datas. Creio que ele vai também presentear os participantes no jantar com duas ou três canções. Da nossa parte dizemos muito obrigado a uma figura que tem milhares de seguidores e que vem colaborar com o nosso projecto de emergência social. As verbas angariadas são para apoiar os mais desfavorecidos.