in Jornal de Notícias
As contribuições e quotizações (as pagas pelos trabalhadores ou pelas empresas) para a Segurança Social continuam a ser, de longe, as que mais esforço exigem ao país. Em 2007, foi necessário trabalhar 42 dias só para pagar as quantias devidas ao sistema de apoio social (ver infografia).
Menos exigente do ponto de vista financeiro é o IVA, o imposto que incide sobre o consumo. Aqui, o pagamento da conta devida ao Estado toma "apenas" 32 dias de riqueza produzida.
O imposto que os trabalhadores e pensionistas pagam pelos seus rendimentos - o IRS - é o terceiro mais lucrativo para o Estado. Aqui, bastam 20 dias para saldar contas.
Mais sorte têm as empresas, que pagam menos do que os trabalhadores sobre o seu rendimento. O imposto que incide sobre lucros absorve "só" 12 dias de riqueza nacional.
Os restantes grandes impostos cobrados pelo Estado vêm a uma distância considerável. São precisos sete dias para sustentar o Fisco no que toca a produtos petrolíferos (temos por isso uma das gasolinas mais caras da Europa), enquanto que os impostos de Selo e sobre o tabaco demoram quatro dias a pagar. O Imposto Automóvel acaba por ser o mais "barato" em três dias fica pago.
A AIP e a Universidade Nova agregaram num último grupo todos os outros impostos. Para os saldar é preciso juntar a riqueza produzida durante oito dias.