12.1.11

Haiti na pobreza absoluta um ano depois do sismo

in Diário de Notícias

Faz hoje um ano que o Haiti foi abalado por um forte sismo que destruiu 40% das casas do país e matou entre 250.000 e 300.000 pessoas. O país continua a arrastar-se para o fundo e só as organizações não governamentais evitam o caos total substituindo-se ao Estado central quase inexistente.

O Haiti , que em apenas 38 segundos perdeu 70% do seu produto interno bruto, é um dos grandes destaques na imprensa mundial. O El Mundo lembra que mais de um milhão de pessoas continua a viver nas ruas, que o país caiu do lugar 146 para 178 do índice de percepção de corrupção e que a violência tomou conta da capital, Port-au-Prince, principalmente nas zonas mais escuras da cidades, onde homens armados violam mulheres e raparigas quase na total impunidade.

Além do caos provocado pelos humanos e pela falta de dinheiro, a saúde também se tem degradado. A cólera mata 40 pessoas por dia, elevando a cifra da epidemia para 3700 mortos e 200 mil afectados. Só agora a situação começa a ser controlada, dizem as organizações não governamentais (ONG), que praticamente tomaram conta do país. São dez mil as ONG presentes no Haiti e são a única alternativa para a comunidade internacional ajudar o país, tendo em conta que o nível de corrupção, falta de eficácia e quase inexistência do governo haitiano.