29.8.23

Governo avança com programa de Habitação Colaborativa

in SIC


O Governo vai avançar com o programa de Habitação Colaborativa para idosos e pessoas vulneráveis. O projeto vai criar comunidades adaptadas às necessidades dos residentes sem que estes percam a independência.


O Governo anunciou esta segunda-feira a criação de um programa de Habitação Colaborativa e Comunitária para combater o isolamento de pessoas em situações vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência ou incapacidade.

Trata-se de unidades habitacionais “independentes, próximas ou contíguas”, com espaços de utilização comum que “promovam a interação social, intergeracionalidade e inclusão social dos seus residentes”.

Em comunicado, o gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social explica que o programa será financiado pelo PRR e o investimento rondará os 22 milhões de euros.

Há já 22 projetos aprovados e o objetivo do Governo é que sejam criados mais de 750 lugares. Cada uma das ‘comunidades’ terá capacidade para receber entre quatro a 60 pessoas e pode ser gerida por “instituições particulares de solidariedade social ou equiparadas e entidades privadas que desenvolvam atividades de apoio social”.


“Garantir condições de bem-estar e qualidade de vida dos residentes, assegurar um ambiente seguro, confortável, acessível e humanizado, prolongar a autonomia e a vida independente, e prevenir o isolamento social e a solidão são alguns dos objetivos desta resposta com caráter inovador”, conclui o comunicado.

A portaria que estabelece as ‘regras’ foi publicada esta segunda-feira em Diário da República.
O que é a Habitação Colaborativa?

A ideia de Habitação Colaborativa, ou cohousing, foi criada na Dinamarca em 1970. Não são lares nem habitações sociais, mas antes uma comunidade criada em torno de um projeto de habitação comum de forma a quebrar o isolamento a que pessoas idosas ou outras em situações vulneráveis se veem expostas.

Estes espaços são habitualmente mais pequenos e respondem às necessidades de cada indivíduo. São complementados com espaços comuns e a independência dos seus residentes é uma prioridade.