31.8.23

Queijo, carapau e massas foram os produtos “IVA zero” que mais subiram na última semana

Joana Morais Fonseca, in ECO

Na última semana, o cabaz monitorizado pela Deco de produtos "IVA zero" ficou 22 cêntimos mais barato. Queijo, carapau, massas e arroz agulha foram os produtos que mais subiram de preço.


O preço do cabaz de bens essenciais de um conjunto de produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero” voltou a ficar ligeiramente mais barato na última semana, tendo registado uma descida de 22 cêntimos, passando a custar 127,75 euros, segundo os cálculos da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos — que inclui o peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga –, que desde 18 de abril passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.


Se a 23 de agosto o cabaz “IVA zero” monitorizado pela Deco custava 127,97 euros, esta quarta-feira custava 127,75 euros. Contas feitas, trata-se de uma redução de apenas 22 cêntimos (-0,17%). De notar que, no que toca ao mês de agosto, semanalmente o preço deste cabaz tem oscilado entre subidas e descidas. Esta quinta-feira, o INE adiantou que a taxa de inflação terá acelerado para 3,7% em agosto, após nove meses a abrandar, à boleia dos preços dos combustíveis.

Já se a comparação for feita com o dia anterior ao arranque da medida, 17 de abril, a diferença é mais expressiva: nesse período o cabaz monitorizado pela Deco ficou cerca de 11 euros mais barato, o que se traduz numa quebra de cerca de 8%.

Queijo, carapau, massa e arroz tiveram as maiores subidas

Na última semana, o queijo curado fatiado embalado foi o produto que mais subiu de preço, tendo registado um aumento de 9% (mais 20 cêntimos) face à semana anterior. Seguiu-se o carapau (+8%), as massas espirais e o arroz agulha (ambos +5%), a cenoura (+4%), o esparguete, a cebola, a carne de novilho para cozer e a maça gala (todos +3%) e a carne de lombo de porco sem osso (+2%).

Já no que respeita às categorias de produtos, os congelados foram a categoria de produto que mais beneficiou com a entrada em vigor desta medida, dado que uma cesta deste produto recuou 17,32% (menos 62 cêntimos), passando a custar 2,97 euros. Segue-se o peixe, que baixou 12,57% (menos 4,38 euros), para 30,49 euros; a mercearia cujo preço recuou 8,18% (menos 1,82 euros), passando a custar 20,47 euros; os laticínios, que baixaram 7,58% (menos 1,07 euros) para 13,03 euros; a carne, que desceu 5,50% (menos 2,25 euros) para 38,64 euros; e, por fim, as frutas e legumes, cuja cesta recuou 3,81% (menos 88 cêntimos), passando a custar 22,15 euros.

Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo “IVA zero”. Na última semana, este cabaz estabilizou, tendo ficado apenas um cêntimo mais barato e passado a custar 211,93 euros. Já se a comparação for feita com o início deste ano ficou cerca de seis euros mais barato (-2,77%).