24.7.23

Certificados de aforro: alterações travam subscrições, mas não diminuem

 in SIC

Os portugueses continuam a investir nos certificados de aforro, que vêem ser uma mais valia em vez de ter depósito no banco que não gera lucro, apesar de existirem condições menos favoráveis.


Apesar das mexidas, os portugueses continuam a investir em Certificados de Aforro.


O ritmo de subscrição travou a fundo, perto de 70%, ainda assim em junho foram aplicados mais de 800 milhões de euros em compra de dívida do Estado.

Um saldo positivo quando comparada a entrada e saída de capital. A nova série de certificados de aforro garante condições menos favoráveis que a anterior.

Em todo, o investimento total neste produto ultrapassa os 45 mil milhões de euros

A tendência dura há vários meses e, nas contas do Banco de Portugal, desde o início do ano que os bancos perdem em média 41 milhões de euros por dia. Os clientes insistem na fuga aos depósitos para apostarem na corrida aos certificados de aforro.

Entre janeiro e maio, as famílias retiraram 8,8 mil milhões de euros das contas à ordem e a prazo. Nos bancos, os depósitos rendem pouco, o que gera críticas dos clientes, que procuram opções com melhores resultados.

Segundo o Banco de Portugal, o stock de depósitos caiu pelo quinto mês consecutivo, em maio, para 173 mil milhões de euros, registando a maior descida homóloga em 43 anos. Também o crédito à habitação está em queda.

Na noite de 2 de junho, sexta-feira, o Governo anunciou a suspensão da série E dos certificados de aforro (com uma taxa que estava nos máximos de 3,5%) e lançamento da série F (com uma taxa base de 2,5%).

Em abril deste ano, os cidadãos tinham aplicados 43 mil milhões de euros em instrumentos de poupança do Estado destinados ao retalho (a maioria em certificados de aforro).