Hugo Franco, in Expresso
Durante a JMJ serão cerca de trinta os operacionais da gendarmerie do Vaticano e da Guarda Suíça em redor do Sumo Pontífice. Estes operacionais já estiveram por duas vezes em Portugal este ano. Existe uma especial preocupação com o contacto direto do Papa Francisco com a população nas viagens ao estrangeiro. Lisboa não será exceção
Alguns dos operacionais do Vaticano que fazem parte da segurança do Papa Francisco aterraram em Lisboa, no passado domingo, uma semana antes do Sumo Pontífice. A missão destes elementos é a de preparar a passagem por Lisboa do representante máximo da Igreja católica na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
De acordo com fonte próxima da organização do evento, o corpo de segurança do Papa contará durante a JMJ com cerca de trinta elementos, compostos pela gendarmerie do Vaticano e pela guarda suíça.
De acordo com o Omnes, um jornal católico, a gendarmerie do Vaticano é uma força policial militarizada.Trata-se de uma divisão especial de vigilância de cerca de 150 membros, que é responsável pelas funções de ordem pública do Papa, pela segurança do Estado da Cidade do Vaticano, tendo também o papel da polícia judiciária.
Já a Guarda Suíça é um corpo militar responsável pela segurança do Papa e da Santa Sé. Organicamente é um exército - o mais pequeno do mundo - com pouco mais de 100 membros cuja missão é a de proteger especificamente o Palácio Apostólico e o Santo Padre. Habitualmente usam um uniforme colorido, mas em missões no estrangeiro podem optar por vestes mais discretas.
O Expresso sabe que os operacionais que já se encontram em Portugal vão rever todos os trajetos e locais onde vai estar o Papa Francisco durante a JMJ. Esta não é a primeira vez que se encontram no nosso país. A segurança do Papa já viajou para Lisboa por duas vezes este ano: em fevereiro e em maio.
Também as viaturas que serão usadas pela comitiva do Papa já estão em solo português.
A DOR DE CABEÇA DA SEGURANÇA
Os homens que guardam o Papa conhecem bem as suas características e hábitos sempre que viajam para o estrangeiro. “O Papa Francisco gosta de contactar diretamente com as pessoas dos países que visita e não se limita a acenar ao longe através do Papamóvel. Isso é uma dor de cabeça permanente para quem faz a sua segurança”, confidencia uma fonte conhecedora do processo.
Uma vez que a JMJ vai trazer milhares de jovens de todo o mundo, será “altamente provável” que o Sumo Pontífice queira falar diretamente com os mais novos e ouvir o que têm a dizer. “Isso será um fator adicional de risco de segurança”, conclui a mesma fonte.
Está previsto que o Papa Francisco viaje para Lisboa no dia 2 de agosto. A saída está agendada para o dia 6 desse mês. Durante a estadia, o Santo Padre irá estar em Lisboa e também em Fátima.
Do programa já conhecido, o Papa participará, a 3 de agosto, à tarde, no Parque Eduardo VII, à cerimónia do Acolhimento dos peregrinos. No dia seguinte, presidirá, também no Parque Eduardo VII, à Via Sacra, enquanto no sábado, além da manhã, em Fátima, estará no fim da tarde, início da noite, no Parque Tejo, para o início da vigília dos jovens.