Por Lusa, in TSF
Estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos revela que os agregados familiares diminuíram em número de membros, mas aumentaram em quantidade e precisam agora de estar num nível mais alto de rendimento para conseguir entrar no processo de compra.
dinheiro necessário para dar de entrada na compra de uma casa em Lisboa e no Porto praticamente duplicou entre 2017 e 2022, segundo um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos que avisa ser "provável" manter-se a degradação do acesso à habitação.
O documento divulgado esta quarta-feira, da autoria de Rita Fraque Lourenço, Paulo M. M. Rodrigues e Hugo de Almeida Vilares, é o primeiro de uma série que a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) divulga e em que atualiza o estudo lançado em 2021 onde era traçado o retrato do mercado imobiliário em Portugal e a sua evolução.
Com a subida do preço das casas a superar os aumentos salariais, as famílias enfrentam cada vez mais dificuldades no acesso ao mercado habitacional, tendo visto o "rendimento necessário para adquirir uma habitação" aumentar "consideravelmente nos últimos anos".
Segundo o documento, o capital inicial necessário para dar de entrada numa casa mediana aumentou de cerca de 30 mil para 56 mil euros no concelho de Lisboa, e de 16 mil para 37 mil no concelho do Porto, entre 2017 e 2022.