26.5.09

Novas redes dão emprego a 25 mil

Virgínia Alves, in Jornal de Notícias

Numa manhã dedicada às Redes de Nova Geração, esta segunda-feira, José Sócrates quis verificar o cumprimento dos compromissos assumidos pelos operadores de comunicações, entre eles o de criar milhares de empregos.

São 25 mil os postos de trabalho que o Governo estima que sejam gerados pela indústria das Redes de Nova Geração (RNG), sendo que 15 mil serão criados pelos operadores de comunicações.

Números que o primeiro-ministro, José Sócrates, sublinhou, referindo que aquele investimento "é igualmente um contributo para a inovação tecnológica do país, para uma maior competitividade".

Quando interpelado se não se trata de trabalho precário, o primeiro-ministro negou, afirmando estarmos perante "postos de trabalho altamente especializados, que poderá igualmente ser exportado, uma vez que todos os países estão a estudar as redes de nova geração e nós estamos à frente".

José Sócrates falava durante uma visita a investimentos da ZON, no Porto, e da PT, em Matosinhos nas RNG, e numa fábrica de produção de fibra óptica, a Cabelte, em Gaia, dando início a uma série de visitas, que culmina amanhã com uma visita à Sonaecom.

No "Call Center" da Zon foram apresentados os primeiros resultados do investimento que darão origem a 1500 postos de trabalho directos e 7 mil indirectos, e planeadas cerca de 200 mil horas de formação.

A visita seguiu depois para Matosinhos, onde estão a decorrer trabalhos na rede de fibra óptica, com a ligação da rede a uma urbanização. Os resultados foram mais uma vez traduzidos em números - a criação de cinco mil postos de trabalho.

O presidente executivo da PT, Zeinal Bava, voltou a dar conta do objectivo traçado para este ano, que prevê cobrir um milhão de casas com fibra óptica. "Alcançado este objectivo, Portugal ficará no terceiro lugar em termos de cobertura de fibra óptica, atrás da Coreia e do Japão".

Após as explicações técnicas, Sócrates exortou a PT a concluir rapidamente os projectos da ligação de todos os hospitais e centros se saúde, tal como já aconteceu com as escolas.

Com a visita a fazer o percurso das RNG ao contrário, o primeiro-ministro, acompanhado pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino, e o secretário de Estado-adjunto das Obras Públicas, deslocaram-se à fábrica da Cabelte, a única que produz fibra óptica na Península Ibérica.

Aí, Sócrates quis passar a mensagem da "oportunidade de investimento e de criação de emprego". Lembrando que os investimentos em RNG são volumosos e que o Estado garantiu o apoio aos operadores, começando pela garantia de acesso ao crédito, passando pelos benefícios fiscais.