23.12.15

Manuel Clemente diz que apoio social da Igreja é silencioso

In "Correio da Manhã"

O cardeal-patriarca de Lisboa saúda quem ajuda por convicção. O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que o trabalho de apoio social da Igreja é "silencioso", não dá nas vistas e por isso "muito difícil de contabilizar", mas que essa "é uma boa marca", saudando quem ajuda por convicção. Manuel Clemente, em entrevista à agência Lusa, disse que tem "constantemente" testemunhos deste trabalho que "nunca vem à ribalta nem nas paragonas" dos jornais. O prelado lisboeta referiu o trabalho de religiosos e leigos junto "dos mais fracos", das pessoas doentes, que precisam de cuidados, "tratar de expedientes que as pessoas não sabem tratar" ou das mães que não têm onde deixar os filhos, para irem trabalhar.

Um trabalho que "é muito difícil de contabilizar", sublinhou, para referir em seguida: "daí eu utilizar a palavras inúmeras, pois é muito difícil de contabilizar. É muito importante, e estimulante encontrarmos estas situações no dia-a-dia, que geralmente não dão nas vistas, o que é uma boa marca, e não fazem as contas, o que também é uma boa marca". "São pessoas que estão por convicção e devo sublinhar com uma entrega, pessoas que se reformam e que em vez de ficar em casa" se tornam visitadores de hospitais ou de prisões, de pessoas que vivem sós, e que de forma espontânea ou organizada. E "isto acontece constantemente", acrescentou. Para Manuel Clemente essa entrega "mostra que a proposta cristã não só tem uma atualidade permanente, mas agora reforçada, dadas as atuais circunstâncias", dizendo que está "constantemente a alertar as instituições civis para terem em conta essa espontaneidade social, para que não se trabalhe ao lado, e que tudo isto conviva numa ação comum e mais capaz".