3.9.18

Há 17 anos que famílias não gastavam tanto em carros, computadores, mobília e eletrodomésticos

Sónia M. Lourenço, in Expresso

São os automóveis que explicam muito do aumento da despesa das famílias em bens duradouros no segundo trimestre deste ano

As despesas de consumo final em bens duradouros das famílias residentes em Portugal aumentaram 8,8% no segundo trimestre, para 3,142 mil milhões de euros, o valor mais elevado dos últimos 17 anos. Subida deveu-se sobretudo à compra de automóveis e levou o crescimento do PIB a acelerar para 2,3%

Os sinais estavam lá: mercado de trabalho a recuperar - a taxa de desemprego está no valor mais baixo desde 2002 - e crédito ao consumo em forte alta - os novos financiamentos estão a crescer quase 18%, para o valor mais elevado desde 2004. Indicadores que sinalizavam o aumento do consumo das famílias em bens duradouros, como carros, motas, computadores, mobília, eletrodomésticos e ferramentas. Uma evolução comprovada pelos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o comportamento da economia no segundo trimestre deste ano, divulgados esta sexta-feira.

As despesas de consumo final em bens duradouros das famílias residentes em Portugal subiram 8,8% entre abril e junho em termos homólogos, acelerando em força face ao observado nos primeiros três meses do ano e atingindo um total de 3,142 mil milhões de euros. Para encontrar um valor trimestral superior é preciso recuar 17 anos, até aos primeiros três meses de 2001.