20.9.18

Macron quer combater pobreza com plano de 8,5 mil milhões de euros

José Carlos Lourinho, in Económico

Executivo francês calcula que haja 8,8 milhões de pobres em França (sendo que praticamente um terço são crianças), o que representa cerca de 13,6% da população. Estes são os planos de Macron prevenir e precariedade e favorecer a autonomia.

Prevenir a precariedade e favorecer a autonomia através do emprego. Estas são as máximas da política de Emmanuel Macron, presidente francês, para combater a pobreza em França. Assim, o executivo gaulês vai destinar 8,5 mil milhões de euros nos próximos quatro anos para combater a pobreza que deverá, de acordo com os últimos dados conhecidos, afetar cerca de 8,8 milhões de residentes (um terço são crianças), quase 14% da população do país.

“Não se trata de ajuda os pobres a viver melhor na pobreza mas sim de acompanhá-los para que saiam dessa situação”, enalteceu Macron na apresentação em Paris desta estratégia de âmbito nacional.

As autoridades franceses pretendem desta forma evitar a perpetuação da pobreza entre gerações e lançam este plano que irá entrar em vigor em janeiro de 2019, após concluírem que os mecanismos existentes podiam ter contigo o problema, apesar de denotarem ineficiência para prevenir e ajudar as pessoas a sair destas situações.

O foco é global e presta uma atenção especial a menores ou mais jovens: segundo alguns cálculos, são necessários 180 anos para que os descendentes de uma criança pobre ascenda à classe média.

Assim, vão ser criadas 30 mil unidades de acolhimento em bairros desfavorecidos, a distribuição de pequenos-almoços em escolas básicas dessas zonas e a oferta de refeições com o custo de um euro nas cantinas escolares dos municípios mais pobres.

No que diz respeito aos planos para reduzir o abandono escolar, será instaurada a obrigação de oferecer aos ‘nem-nem’ (que não estuda nem trabalha) soluções de escolarização, formação ou emprego até aos 18 anos (em vez dos 16 anos atuais). De acordo com os media franceses, não se trata de escolarização obrigatória mas sim de impulsionar que os mesmos continuem em formação.