23.1.19

Ainda há espaço para descidas da taxa de desemprego? Sim, mas pouco

Sónia M. Lourenço, in Expresso


Economistas ouvidos pelo Expresso apontam para uma estabilização da taxa de desemprego entre os 6% e os 6,5%

São cada vez mais os sinais de que a festa está a acabar na descida do desemprego em Portugal. Depois de quedas a pique nos últimos anos, que levaram a taxa de desemprego a recuar de uns inéditos 17,5%, no auge da crise (no início de 2013), para 6,7%, no terceiro trimestre de 2018, a tendência é agora de estabilização. É nesse sentido que apontam os economistas ouvidos pelo Expresso, depois de vários indicadores terem vindo a lançar o alerta.

É o caso dos dados mensais do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Os números relativos a dezembro de 2018, divulgados esta segunda-feira, revelam que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego — o chamado desemprego registado — voltou a aumentar face ao mês anterior (evolução em cadeia). É certo que em termos homólogos, isto é, em relação ao mesmo período de 2017, ainda se verificou uma queda acentuada, de 16%, para 339.035 pessoas. Mas, na evolução em cadeia o desemprego registado tem vindo a subir consecutivamente desde agosto de 2018, com outubro como única exceção a esta tendência de agravamento.