Ana Trocado Marques, in JN
“Este olhar e esta aposta da câmara, inserida num contexto intermunicipal contando com a Póvoa de Varzim e com Matosinhos, encontrou aqui um instrumento que permite acudir, neste sentido social, a essas comunidades, envolvendo toda a comunidade – escolas, IPSS, associações, empresas, forças de segurança, agentes da saúde, etc. É este sentido integrador que fará um instrumento capaz de trazer a coesão territorial”, explicou o presidente da Câmara de Vila do Conde, Vítor Costa.
O concelho, admite, ainda tem problemas de coesão territorial e esta é “uma mudança de paradigma”.
“É uma prova que o plano já está em movimento. São projetos que de outra forma não conseguiriam ser apoiados, com esta abordagem tão inovadora. São intervenções imateriais, mas também físicas, de infraestrutura, e, portanto, é desta conjugação dos dois tipos de intervenção que é possível sermos bem sucedidos”, frisou o secretário de Estado do Planeamento, Eduardo Pinheiro, que, hoje, assistiu em Vila do Conde à apresentação do PACD VC.
Quanto ao tempo que resta para cumprir o plano e todo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) – até final de 2025 -, Eduardo Pinheiro diz que é meter mãos à obra, “sem tempo para hesitações”.
As 12 ações estão distribuídas por três eixos distintos: Educação e Saúde Mental, Envelhecimento Ativo e Saudável e Participação, Inclusão e Cidadania.
Na Educação, há um olhar especial para a promoção do sucesso educativo, programas de promoção da saúde mental dos jovens, promoção de comportamentos saudáveis, combate à discriminação e a afirmação da escola como espaço de cidadania ativa.
Na área da 3.ª idade, pretende-se apoiar idosos isolados, oferecer um plano de atividades gratuitas, estimular práticas comunitárias inclusivas em iniciativas culturais e artísticas (em colaboração com agentes locais), reforçar o Banco de Voluntariado e criar um programa municipal de apoio aos cuidadores informais.
Finalmente, no terceiro vetor, há um programa de iniciação ao meio náutico e fluvial, a aquisição de equipamentos para pessoas com deficiência e dois projetos para envolver a comunidade migrante e os desempregados de longa duração, requalificando, com todos, uma escola básica centenária, dando formação em novas áreas de turismo inclusivo e acessível, requalificando parques infantis e espaços verdes e inaugurando, já em 2024, o Orçamento Participativo Verde.