17.7.23

Sete milhões para apoiar comunidades desfavorecidas em Vila do Conde

Ana Trocado Marques, in JN

São sete milhões de investimento, distribuídos por 12 iniciativas que vão abranger mais de 50 mil pessoas. O Plano de Ação para as Comunidades Desfavorecidas de Vila do Conde (PACD VC) foi apresentado hoje. É para por em prática até ao final de 2025. Abrange crianças e jovens, idosos, migrantes e minorias étnicas.


“Este olhar e esta aposta da câmara, inserida num contexto intermunicipal contando com a Póvoa de Varzim e com Matosinhos, encontrou aqui um instrumento que permite acudir, neste sentido social, a essas comunidades, envolvendo toda a comunidade – escolas, IPSS, associações, empresas, forças de segurança, agentes da saúde, etc. É este sentido integrador que fará um instrumento capaz de trazer a coesão territorial”, explicou o presidente da Câmara de Vila do Conde, Vítor Costa.


O concelho, admite, ainda tem problemas de coesão territorial e esta é “uma mudança de paradigma”.

“É uma prova que o plano já está em movimento. São projetos que de outra forma não conseguiriam ser apoiados, com esta abordagem tão inovadora. São intervenções imateriais, mas também físicas, de infraestrutura, e, portanto, é desta conjugação dos dois tipos de intervenção que é possível sermos bem sucedidos”, frisou o secretário de Estado do Planeamento, Eduardo Pinheiro, que, hoje, assistiu em Vila do Conde à apresentação do PACD VC.

Quanto ao tempo que resta para cumprir o plano e todo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) – até final de 2025 -, Eduardo Pinheiro diz que é meter mãos à obra, “sem tempo para hesitações”.


As 12 ações estão distribuídas por três eixos distintos: Educação e Saúde Mental, Envelhecimento Ativo e Saudável e Participação, Inclusão e Cidadania.


Na Educação, há um olhar especial para a promoção do sucesso educativo, programas de promoção da saúde mental dos jovens, promoção de comportamentos saudáveis, combate à discriminação e a afirmação da escola como espaço de cidadania ativa.

Na área da 3.ª idade, pretende-se apoiar idosos isolados, oferecer um plano de atividades gratuitas, estimular práticas comunitárias inclusivas em iniciativas culturais e artísticas (em colaboração com agentes locais), reforçar o Banco de Voluntariado e criar um programa municipal de apoio aos cuidadores informais.


Finalmente, no terceiro vetor, há um programa de iniciação ao meio náutico e fluvial, a aquisição de equipamentos para pessoas com deficiência e dois projetos para envolver a comunidade migrante e os desempregados de longa duração, requalificando, com todos, uma escola básica centenária, dando formação em novas áreas de turismo inclusivo e acessível, requalificando parques infantis e espaços verdes e inaugurando, já em 2024, o Orçamento Participativo Verde.