27.12.10

Portugueses são dos que menos tempo têm para gozar a reforma

in RR

Dados do Eurostat mostram que Portugal já é um dos países europeus onde as pessoas se reformam efectivamente mais tarde.

Os portugueses reformaram-se, em média, aos 63 anos. Na Europa, segundo os dados disponíveis para a mortalidade, os portugueses são dos que menos tempo têm para gozar a sua reforma.

As reformas passaram a ser penalizadas por via do factor de sustentabilidade, que liga o valor das pensões à esperança média de vida, escreve o “Diário de Notícias”.

O facto das pessoas viverem cada vez mais tempo reduz automaticamente o valor das pensões à luz das novas regras. Ou seja, apesar da idade legal continuar a ser os 65 anos, a verdade é que agora (e gradualmente mais desde 2007) as pessoas que chegam à idade limite de reforma têm de trabalhar mais algum tempo (semanas, meses) para evitar uma penalização na pensão que vão receber até ao final das suas vidas.

Fonte oficial do Ministério do Trabalho confirmou ao jornal que "os dados administrativos da Segurança Social mostram que, em 2010, a idade média de reforma dos pensionistas de velhice do regime geral contributivo foi de 63 anos". Em 2007, o primeiro ano a sério da reforma liderada pelo ex-ministro da Solidariedade Social José Vieira da Silva, a idade média rondava os 62,6 anos.

Dados do Eurostat mostram que Portugal já é um dos países europeus onde as pessoas se reformam efectivamente mais tarde. Em 2007, por exemplo, a idade real de passagem à aposentação dos portugueses foi superior à que vigorou em países como Finlândia, Grécia ou Áustria. Mas os pensionistas portugueses até serão dos que menos encargos dão ao sistema de pensões, pois vivem relativamente menos tempo na reforma do que a maioria dos povos europeus.

Em Novembro, Portugal tinha 1,897 milhões de pensionistas activos por velhice, um número que não pára de aumentar.