in Público on-line
O líder do PSD/Porto, Virgílio Macedo, explicou hoje que as vagas extra nas creches podem até ser totalmente suportadas pelas IPSS em casos de famílias “com menores rendimentos”.
“O aumento da possibilidade de aceitar crianças nas creches poderá, por um lado, ajudar à sustentabilidade dessas próprias instituições, na medida em que essas novas crianças que vão ser aceites poderão elas contribuir, pagando uma mensalidade”, começou por dizer Virgílio Macedo, à margem de uma visita ao Centro de Apoio à Terceira Idade (CATI) de S. Mamede de Infesta, Matosinhos.
Explicou, porém, que “isso não impede que a instituição, por si só, possa aceitar crianças que venham de famílias com menores rendimentos e que nesse sentido tenham a possibilidade de pagar menos, ou eventualmente não pagar nada”.
No dia em que arrancam as jornadas parlamentares do PSD dedicadas ao tema “Economia Social e Solidariedade”, Virgílio Macedo salientou ser necessário ter “consciência que os recursos não são ilimitados e que esse aumento de utentes não irá fazer aumentar os custos fixos dessas instituições”.
Contudo, poderá haver “um ligeiro aumento dos custos variáveis e é esse aumento que as instituições terão que colmatar”.
Assim, disse, “se alguns desses novos utentes pagarem alguma coisa mensalmente para utilizar esses serviços, de alguma forma ajuda à sustentabilidade dessas instituições”.
Em reacção ao XVIII Congresso Nacional do PS em Braga, durante o qual a actuação do governo de Pedro Passos Coelho foi alvo de vários ataques, nomeadamente pelo próprio secretário-geral, Virgílio Macedo respondeu que “tudo isso são folclores próprios do congresso do PS”.
“O líder do PS sabe perfeitamente que existia um compromisso assinado com a ‘troika’ que exigia o aumento do IVA no que diz respeito aos fornecimentos da electricidade e gás. Sabe perfeitamente que Portugal tem de cumprir o défice de 5,9 por cento no final do ano e sabe, sobretudo, que o governo de Portugal está plenamente convicto e empenhado em atingir esse défice”, realçou.
Assegurou que “o governo não está a fazer mais do que a ‘troika’ exige”, tendo consciência que “o PS não gosta de cumprir com os compromissos previamente assumidos”.
Frisou ser “falso” que o PSD tenha ido além das medidas que constam do memorando assinado e que tal ideia foi “uma imagem transmitida para a opinião pública que não corresponde à verdade”.
“Acho que o PS demarca-se sempre do próprio PS”, rematou.


