por Ana Rita Faria, in Público on-line
Ao contrário da maioria dos países da zona euro, Portugal tem vindo a recuar na criação de emprego mas, no segundo trimestre, voltou a gerar postos de trabalho pela primeira vez desde o final de 2009.
De acordo com os dados do Eurostat, hoje divulgados, Portugal criou mais 0,1% de empregos no segundo trimestre, face ao trimestre anterior. Trata-se da primeira variação em cadeia positiva desde o quarto trimestre de 2009, altura em que a economia portuguesa também criou mais 0,1% de empregos.
Nos meses anteriores, a criação de emprego tinha, ou estagnado (primeiro trimestre) ou recuado (0,5% e 0,4%, respectivamente no quarto e terceiro trimestre de 2010).
Em termos homólogos, ou seja, quando comparada com o mesmo período do ano anterior, a evolução do emprego continua, contudo, a revelar-se negativa.
Os dados do Eurostat mostram que Portugal gerou menos 0,8% de empregos no segundo trimestre, face a igual período do ano passado. A tendência está em contraciclo com a evolução do emprego na zona euro mas, mesmo assim, Portugal dá sinais de estar a melhorar na criação de postos de trabalho. Nos dois trimestres anteriores, tinham sido criados menos 1,6% e menos 1,8% de empregos.
Na zona euro, a criação de emprego aumentou, em média, 0,4% em termos homólogos e 0,3% em cadeia. Na União Europeia, o aumento foi de 0,2% e 0,3%, respectivamente.
De acordo com as estimativas do gabinete de estatísticas europeu, os 27 países da União Europeia empregavam, no final de Junho, 223,4 milhões de pessoas, dos quais 147 milhões residem na zona euro.
Os dados divulgados pelo Eurostat já estão ajustados dos efeitos da sazonalidade.


