in Camara de Cascais
Criar uma linha de apoio ao jovem emancipado e impor a remuneração de todos os estágios profissionais são duas das principais conclusões do Seminário “Trabalho Digno Para Tod@s” que decorreu, dia 7 de Outubro, em Cascais, no Dia Internacional do Trabalho Digno.
Os mais de 60 participantes – jovens, especialistas nas questões laborais e decisores políticos – concluíram ainda ser imperioso promover a aplicação e fiscalização da lei, considerar o poder local como possível resposta à questão do trabalho digno, bem como considerar a redução progressiva da jornada de trabalho e disponibilizar mais informação aos jovens sobre os seus direitos e deveres laborais.
“O muito que já se fez não é suficiente”, afirmou Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, salientando que apesar de, em Cascais, se ter definido como prioridade a promoção da inserção dos jovens no mercado de trabalho, através da orientação, capacitação e integração profissional, “há ainda muito por fazer”.
A entrada no mercado de trabalho, a conciliação da vida pessoal com a atividade profissional, os modelos da segurança social, o mercado dual, a precariedade e a relação com as formas atípicas de trabalho foram algumas das questões debatidas por vários grupos de trabalho, orientados para apresentar propostas concretas.
Estas conclusões vão agora integrar o documento estratégico do Grupo Trabalho Digno do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) que visa pressionar o governo a alterar a atual situação laboral.
Este seminário foi organizado pelo CNJ, em parceria com o Fórum Europeu de Juventude (YFJ), Instituto Português do Desporto e Juventude, Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Câmara Municipal de Cascais e da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE).
A sessão de abertura contou com a presença de Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Octávio Oliveira, Secretário de Estado do Emprego, Joana Branco Lopes, Presidente do CNJ, Lloyd Russel-Moyle, Vice-Presidente do YFJ, Mafalda Troncho, Diretora da OIT e Natividade Coelho, Vice-Presidente da CITE. Das intervenções ficou demonstrada a preocupação comum com a defesa do trabalho digno como fator fulcral na emancipação jovem.