29.5.23

Como consumimos energia em Portugal e no mundo? Dez perguntas e respostas

Miguel Prado,  in Expresso


Onde vai o mundo buscar a sua energia? E Portugal? E quais são as perspetivas de evolução das fontes energéticas? Fique a conhecer melhor o tema e os seus números, numa dezena de perguntas e respostas e mais uns quantos gráficos, a propósito do Dia Mundial da Energia


Desde 1981 que Portugal e outros países assinalam a data de 29 de maio como o Dia Mundial da Energia, embora uma iniciativa de 2012 do World Energy Forum tenha fixado o 22 de outubro como a data de referência para assinalar os progressos globais no domínio energético. Mas como consumimos energia afinal? O que nos dizem as estatísticas? E quais são as tendências, em Portugal e lá fora, que irão transformar o mix energético nos próximos anos? Deixamos-lhe uma radiografia sobre o tema, com um lote de 10 perguntas e respostas, mais alguns gráficos.

COMO CONSUMIMOS ENERGIA?


A maior parte da energia que o mundo consome ainda é de origem fóssil. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), em 2020 o petróleo, o carvão e o gás natural representavam cerca de 80% do abastecimento energético global, com as fontes renováveis (hídrica, eólica, solar, biomassa e biocombustíveis, entre outros) a contribuir com 15% e a eletricidade nuclear com os restantes 5%.

Globalmente, o mundo ainda tem uma elevada dependência de produtos petrolíferos nos transportes, de gás natural na indústria e na produção de eletricidade, e de carvão (sobretudo para produzir eletricidade). Nos edifícios, o que inclui o setor de serviços e o consumo residencial, consumimos energia a partir de várias fontes, como eletricidade, gás natural, gás propano e butano, lenha ou outras fontes.

Nos últimos anos, como mostram os números da AIE, é visível uma redução do consumo de petróleo e carvão, mas a procura por gás natural cresceu.


O CONSUMO ENERGÉTICO É MUITO DIFERENTE ENTRE PORTUGAL E O RESTO DO MUNDO?

Tem algumas diferenças, embora, tal como a generalidade dos países do mundo, Portugal também tenha ainda um consumo maioritariamente assente nos combustíveis fósseis.

O último balanço energético da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), publicado em novembro de 2022, indica que em 2021 o petróleo assegurou 40,6% do consumo de energia primária em Portugal (aqui mostramos quem são os nossos maiores fornecedores de crude), o gás natural 23,9% e o carvão 0,9%. A energia elétrica contribuiu com 14%, a biomassa com 15,7% e outros recursos com 4,9%.

Importa, contudo, notar que em termos de energia final (ou seja, nas formas consumidas diretamente pelo cliente final, já após a transformação), o consumo concentrou-se nos produtos petrolíferos (44,4%), com a energia elétrica em segundo lugar (25,2%), o gás natural em terceiro (11%), seguido do calor (7,4%), biomassa (6,4%) e outros (5,6%).

Parte da biomassa, por exemplo, é usada pelas famílias diretamente no aquecimento das habitações (como lenha, nas lareiras), mas outra parte é usada em centrais para produzir eletricidade. No gás natural, uma parte do abastecimento serve diretamente a indústria e as habitações, como consumo final, mas outra parte é queimada nas centrais de ciclo combinado para gerar eletricidade.


QUAL O PESO DAS RENOVÁVEIS NA ENERGIA NO NOSSO PAÍS?

No que respeita ao peso das fontes renováveis no consumo de energia final, a quota é de 34% (dados relativos a 2021, validados pelo Eurostat, e em linha com o valor do ano 2020, e acima dos 30,6% de 2019). As fontes limpas ultrapassam os 58% no consumo de eletricidade, mas ficam pelos 9% nos transportes e estão na casa dos 42% no aquecimento e arrefecimento de edifícios.

Embora Portugal tenha tido nos últimos anos um aumento acentuado da produção de eletricidade renovável, porque tecnologias como a hídrica, a eólica e a solar estão já maduras, é preciso não esquecer que a eletricidade representa apenas um quarto do total de energia que se consome em Portugal.

A fatia de leão da energia que consumimos está nos transportes, onde continuamos a consumir sobretudo produtos petrolíferos, e onde a descarbonização tem avançado mais lentamente (parte da redução das emissões está a ser feita com os veículos elétricos, que são ainda residuais no parque automóvel global; e outra parte por via da incorporação de biocombustíveis na gasolina e no gasóleo).

Note-se que a caminhada que Portugal tem feito supera a média da União Europeia, em termos de incorporação de renováveis na energia.

COMO SE ESPERA QUE EVOLUA O CONSUMO DE ENERGIA?

Globalmente há perspetivas distintas, embora os especialistas apontem para um crescimento do consumo mundial de energia na próxima década, podendo a procura global recuar a partir de 2030 ou 2040.

O World Energy Outlook, da Agência Internacional de Energia (AIE), indica que o consumo mundial de gás natural ainda deverá crescer 0,4% ao ano até 2030 (abaixo dos 2,3% de crescimento médio anual entre 2010 e 2019), enquanto o consumo de carvão terá nos próximos anos ainda algum aumento, mas chegará a 2030 com uma procura 9% abaixo da atual.

O peso das renováveis no consumo energético global, estima a AIE, subirá dos atuais 28% para 43% em 2030. E a procura de petróleo crescerá 0,8% ao ano até 2030, e pouco depois desse ano alcançará um pico de 103 milhões de barris por dia, para de seguida começar a recuar.

O mais recente Energy Outlook da BP, outra publicação de referência no setor, admite que o consumo de energia final no mundo poderá atingir o seu pico em 2035, com um recuo ligeiro a partir daí, embora um cenário acelerado de redução de emissões aponte para um pico de consumo em 2030 e uma queda acentuada da procura daí em diante.

Pelas projeções da BP, essa trajetória levará a que o mundo consuma em 2050 cerca de metade do petróleo que consumia em 2019, tendo ainda cortes relevantes no consumo de gás natural e carvão, e verificando um aumento substancial do consumo de eletricidade e, já com alguma expressão, uma subida do consumo de hidrogénio.

Pelas projeções da BP, o peso dos combustíveis fósseis recuará dos cerca de 80% atuais para algo entre 20% e 50% em 2050, por via de um reforço do consumo de eletricidade, das fontes renováveis e do hidrogénio de baixo carbono.

O QUE ACONTECEU NOS ÚLTIMOS ANOS EM PORTUGAL?

O último Balanço Energético Nacional da DGEG, relativo ao ano 2021, mostra que Portugal em 2021 estava a consumir sensivelmente o mesmo que em 2015, cerca de 16 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP, uma medida usada para converter numa unidade comparável diversos tipos de energia, desde os combustíveis à eletricidade). No essencial, a distribuição por tipologias de consumo não se alterou: quase um terço do consumo final está no transporte rodoviário, seguindo-se a indústria, o consumo das famílias, os serviços, a agricultura e pescas e a aviação.

Embora o valor global do consumo de energia final esteja ao nível do que se registava meia dúzia de anos antes, houve algumas alterações relevantes. O país consome menos energia primária (para isso contribuiu a eletrificação de base renovável, reduzindo o consumo de carvão, por exemplo). E a dependência energética do exterior recuou: era de 76,4% em 2015, chegou a ser de 77,7% em 2017, mas em 2020 afundou-se para 65,8%, e em 2021 foi de 67,1%.

Todavia, o país tem ainda uma dependência relativamente elevada do exterior, o que nos torna vulneráveis à volatilidade das cotações internacionais (e isso refletiu-se nas contas de 2022, com a mais alta fatura energética de sempre, como o Expresso noticiou há um mês).

Esta redução da dependência do exterior está sobretudo associada ao avanço das renováveis na produção de eletricidade. O aumento na dependência do exterior de 2020 para 2021 está relacionado com a subida das importações de eletricidade de Espanha.

Além disso, os dados da DGEG mostram que a intensidade energética do país é menor: ou seja, Portugal está a conseguir usar menos energia para produzir riqueza. Entre 2015 e 2021 o volume de TEP que o país consumiu por cada milhão de euros de Produto Interno Bruto (PIB) recuou aproximadamente 5%.

No anuário “Energia em Números”, a DGEG também dá conta de que entre 2010 e 2020 o setor dos transportes em Portugal viu o seu consumo de energia final recuar 22%, para 5,04 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP), enquanto na indústria o consumo baixou 17%, para 4,8 milhões de TEP. Em terceiro lugar, o consumo residencial observou um ligeiro acréscimo, de 1,9%, para 3 milhões de TEP, enquanto nos serviços o consumo de energia avançou 4% nessa década, para 2,1 milhões de TEP.


O QUE ACONTECERÁ NA PRÓXIMA DÉCADA NO PAÍS?

A descarbonização é um desígnio-chave de diversos governos pelo mundo fora e Portugal não é excepção. O Plano Nacional de Energia e Clima para 2030 (PNEC) está a ser revisto e o Governo tem promovido uma série de sessões públicas para recolher contributos para redefinir as metas.

O Executivo já adiantou que pretende recuar de 2030 para 2026 o momento em que Portugal deverá alcançar 80% de eletricidade renovável. Para isso contribuirá a instalação de um volume significativo de nova capacidade solar fotovoltaica nos próximos anos (é a fonte de eletricidade que mais crescerá, como pode ver no gráfico abaixo), a somar à entrada em exploração do complexo hidroelétrico do Tâmega, e aos reforços de potência de parques eólicos já em operação.

Mas a transformação energética nacional não fica por aí. Na eletricidade o Governo está a preparar o lançamento de leilões eólicos offshore (embora não seja certo que essa nova potência esteja disponível antes de 2030). E outra vertente relevante da descarbonização passa por apostar no hidrogénio e gases renováveis: por um lado para que sejam injetados na rede de distribuição e transporte de gás natural (reduzindo as importações deste combustível fóssil), por outro lado para abastecimento direto a várias indústrias.

Parte dos desenvolvimentos da próxima década passará igualmente pela mobilidade: é esperado um crescimento na quota dos veículos elétricos, mas também uma adesão do transporte pesado (dos autocarros aos camiões) a novas soluções de baixas emissões (que podem incluir a eletrificação, mas também os gases renováveis, biocombustíveis e combustíveis sintéticos).

No transporte aéreo, está a ser estudada a descarbonização por via dos SAF (sustainable aviation fuels, ou combustíveis sustentáveis para a aviação), havendo alguns projetos em território nacional para apostar nessa área (Galp e Navigator são alguns exemplos), apesar de ser algo que está longe da maturidade tecnológica.


QUE INTERESSE TEM O HIDROGÉNIO VERDE?


O hidrogénio verde é apontado como uma das soluções mais promissoras para a descarbonização de alguns consumos energéticos onde a eletrificação de base renovável será mais difícil. Nos últimos anos foram-se multiplicando os anúncios de projetos neste domínio pelo mundo fora.

Uma parte dos investimentos servirão para substituir o hidrogénio cinzento (hoje usado, por exemplo, na refinação petrolífera, a partir do gás natural), outros para reduzir o consumo direto de gás natural (quer na indústria quer na distribuição aos clientes domésticos). E é ainda equacionado o uso de hidrogénio verde como alternativa no armazenamento no sistema elétrico (concorrendo com o gás natural, nas centrais de ciclo combinado, e com o armazenamento hídrico, por exemplo), uma opção ainda pouco popular pela baixa eficiência deste processo.

Em abril a consultora especializada Aurora Energy Research dava conta de um crescimento de 18% em apenas seis meses na carteira de projetos de hidrogénio verde, para 1125 gigawatts (GW) de capacidade de eletrólise.

Portugal tem vários projetos nesta área, tanto de pequena escala (como os que já garantiram subsídios por via do Fundo Ambiental), como de maior dimensão (em que se incluem os que a Galp e a EDP pretendem desenvolver em Sines, por exemplo).

Apesar do interesse das empresas de energia neste novo vetor de descarbonização, ao hidrogénio verde falta-lhe ainda maturidade tecnológica, mas o facto de Portugal ter em curso uma forte aposta na energia solar fotovoltaica, com baixo custo de eletricidade, permitiu gerar um interesse elevado por projetos de hidrogénio.

Este domingo também o “Financial Times”, num extenso artigo sobre o hidrogénio verde, salientava o enorme desafio que constitui a concretização deste vetor de descarbonização, no qual o montante de investimento já comprometido é apenas uma pequena parcela dos volumes de investimento anunciados globalmente para diversos projetos, e uma fração residual do montante que será necessário para cortar emissões em setores onde a eletrificação renovável não será viável.

NUCLEAR OU RENOVÁVEIS: TEM DE SER UMA COISA OU OUTRA?

Não. E são vários os países onde as duas opções coexistem, como é o caso de Espanha. No entanto, vários governos vêm optando por promover uma eletrificação assente nas energias renováveis, seja pelos receios associados a incidentes nucleares, seja pela experiência recente de alguns projetos neste domínio, marcados por fortes derrapagens de custos e do tempo de construção das centrais.

A aposta na energia nuclear para a produção de eletricidade tem a seu favor a disponibilização ao sistema elétrico de uma fonte livre de emissões de dióxido de carbono, com um perfil estável de geração ao longo do ano e durante o dia, levando a melhor sobre a variabilidade de fontes como a eólica e a solar. No entanto, também as centrais nucleares precisam de manutenção (o que obriga o sistema elétrico a dispor de capacidade suplementar de backup para esses períodos, e em volumes muito significativos, dada a escala dos reatores), além de que tecnicamente colocam desafios à rede: precisando de água para a refrigeração, as centrais nucleares não estão imunes a períodos de seca prolongada, por exemplo.

Nos últimos anos o desenvolvimento dos SMR (small modular reactors, reatores de menor capacidade) poderá vir a afirmar-se como uma alternativa para popularizar a energia nuclear, possibilitando a construção de projetos de menor escala, e reduzindo o risco de um sistema elétrico ficar fortemente dependente da disponibilidade técnica de uma só central nuclear de grande escala.

Em Portugal a aposta política desde o início deste século foi marcadamente focada no desenvolvimento da eletricidade renovável, expandindo os investimentos na energia hídrica e eólica, e, nos últimos anos, na solar fotovoltaica, a que se poderá seguir uma vaga de investimento em eólica offshore. O panorama atual e o consenso das maiores forças políticas em torno das renováveis tornam improvável a existência de espaço para a introdução de capacidade nuclear no sistema elétrico nacional ou no seu planeamento.

VAMOS PAGAR MAIS PELA ENERGIA?

Não há uma resposta segura. As previsões dos preços do petróleo são isso mesmo: previsões. E as cotações dos contratos futuros de eletricidade para os próximos anos acarretam também um elevado nível de incerteza. No gás natural, depois de anos de preços estáveis, as cotações internacionais dispararam em 2021, subiram ainda mais em 2022, mas em 2023 tiveram uma forte queda (para os níveis da primeira metade de 2021), admitindo-se no setor energético que possam ter novamente um ligeiro aumento no próximo inverno.

A 9 de maio a agência norte-americana EIA – Energy Information Administration reviu em baixa, de 81 para 74 dólares por barril, a sua previsão de preço para o Brent (crude de referência na Europa) no próximo ano. Mas no mês anterior o banco de investimento Goldman Sachs admitia que o barril de Brent pudesse chegar aos 100 dólares no próximo ano, refletindo uma escassez de oferta, associada aos cortes de produção da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Atualmente o Brent ronda os 77 dólares por barril.

Na eletricidade os preços dos mercados grossistas têm apresentado uma grande volatilidade. Estão hoje na casa dos 80 euros por megawatt hora (MWh), na Península Ibérica, aí devendo permanecer até setembro, segundo o OMIP (plataforma de negociação de futuros em Portugal e Espanha), mas ultrapassando os 100 euros por MWh no quarto trimestre. Os futuros anuais para 2024 estão a ser transacionados em torno de 98 euros por MWh, mas os contratos para os anos seguintes têm preços mais baixos, e a partir de 2029 apresentam preços abaixo dos 50 euros por MWh.

Contudo, quer nos combustíveis, quer na eletricidade, a evolução dos preços na próxima década é bastante incerta. O desafio global para reduzir as emissões de dióxido de carbono poderá levar a uma aceleração da aposta em soluções ainda pouco maduras, como os combustíveis sintéticos, que nos primeiros anos de implementação poderão representar custos acrescidos. Na eletricidade, a energia solar apresenta custos claramente competitivos face às centrais a gás e a carvão, e teoricamente a massificação da capacidade fotovoltaica jogará a favor do consumidor final.

No mercado ibérico de eletricidade (Mibel), o histórico mostra que depois de vários anos com o preço grossista a rondar os 50 euros por MWh, a pandemia trouxe em 2020 uma redução do consumo que levou o preço da eletricidade ao seu mais baixo valor anual, cerca de 34 euros por MWh. Mas logo no ano seguinte o Mibel teve o seu ano mais caro de sempre até então, um recorde batido em 2022, com uns históricos 167 euros por MWh de preço médio anual. Os contratos futuros para os próximos anos sugerem um alívio no custo grossista da eletricidade na Península Ibérica.

E QUAL O LUGAR DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA?


Assumindo como verdadeiro que a energia mais barata é aquela que não consumimos, essa é uma boa razão, a par com a redução de emissões, para a aposta na eficiência energética, uma área de intervenção das políticas públicas que frequentemente é relegada para um plano secundário face à promoção de grandes investimentos em nova capacidade de produção renovável, ou na adoção de inovadoras soluções de descarbonização.

Ainda assim, a eficiência energética tem feito parte de sucessivos programas governamentais, está inscrita no PNEC2030 e continua a vincular Portugal a compromissos de redução de consumos energéticos. O plano português passa por conseguir até 2030 reduzir o consumo de energia primária em 35% face ao cenário que havia sido projetado em 2007. É um objetivo ligeiramente acima da meta global da União Europeia (um corte de 32,5% no consumo de energia primária).

De acordo com os dados do anuário Energia em Números, da DGEG, do Observatório da Energia e da Adene – Agência para a Energia, no ano 2020 Portugal apresentava um consumo de energia primária 35% abaixo do que constava na trajetória que tinha sido projetada para esse ano em 2007. Embora o país pareça bem encaminhado para conseguir cumprir o objetivo para 2030, há que ter em conta que 2020 foi um ano com um consumo especialmente baixo, devido à pandemia, tendo a procura de energia voltado a subir em 2021 e 2022.

Ora, sendo natural que o crescimento económico contribua também para uma subida do consumo de energia, a aposta na eficiência energética passará por adaptar os edifícios de forma a reduzir as suas necessidades energéticas para aquecimento e arrefecimento, por exemplo. Também o setor dos transportes é visado no PNEC2030 como área de promoção da eficiência energética, juntamente com a indústria, o setor agroflorestal e ainda nos equipamentos de uso doméstico.

Recentemente, a revisão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) contemplou 120 milhões de euros de reforço para os apoios a distribuir às famílias para que invistam na eficiência energética das suas habitações, estimando que esses subsídios possam vir a beneficiar mais 70 mil projetos.