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Um Estado que não apoia os mais carenciados é um Estado que não razões para existir, explica o padre Lino Maia.
A Confederação das Instituições de Solidariedade diz que o Estado não se pode demitir das funções sociais.
Segundo os números da Segurança Social agora conhecidos o valor dos subsídios de desemprego caiu na ordem dos 20%, quando comparados com igual período do ano passado.
Há também uma acentuada diminuição dos beneficiários de rendimento social, do complemento solidário para idosos e de beneficiários de abono de família.
Em declarações à Renascença, o padre Lino Maia, presidente da Confederação das Instituições de Solidariedade diz haver uma contradição nos entre os números e a procura de auxílio.
“Seria uma boa notícia se a diminuição correspondesse a uma melhoria da situação geral das pessoas. Mas de facto há mais pobreza. Os cortes não significam sempre racionalização, significam diminuição de apoios. Temos mais gente cada vez mais pobre a pedir ajuda às instituições.”
O sacerdote acrescenta que um Estado que não cumpre a sua função social não tem razão de existir “Há mais pobreza, mais dificuldade e menos apoio por parte do Estado. É importante reflectirmos sobre isso. O Estado não se pode demitir do apoio aos cidadãos, particularmente aos mais carenciados, porque um Estado que esquece os mais carenciados é um Estado que não cumpre as suas funções e não tem razão de ser.”