27.9.23

Calamidades causam mais de 150 milhões de euros de prejuízo nos últimos seis anos

Luís Manso, in SIC


Os cientistas alertam que os fenómenos de cheias, incêndios e tempestades vão ser cada vez mais frequentes, tendo em conta as alterações climáticas.


As alterações climáticas estão a deixar também uma fatura cada vez mais pesada e os cientistas garantem que vai piorar. No caso de Portugal, as cheias e os incêndios dos últimos seis anos causaram um prejuízos superior a 150 milhões de euros. Só no ano passado, as inundações na região da Grande Lisboa custaram 19 milhões.

As cheias e os incêndios dos últimos seis anos causaram às autarquias mais de 150 milhões de euros em prejuízos. Só no ano passado, com as cheias que atingiram a região da grande Lisboa, os danos causados levaram a que a Câmara de Loures tivesse de pagar uma fatura superior a 19 milhões de euros.

Os cientistas deixam um alerta: estes fenómenos vão ser cada vez mais frequentes.

Em meados de dezembro do ano passado, a região da Grande Lisboa foi das mais afetadas Loures ficou no topo da lista dos concelhos que mais sofreu as consequências da chuva intensa, que parecia cair, sem dó ou qualquer tipo de piedade.

Dias antes, ainda em dezembro, neste canto do concelho de Oeiras, encostado a Lisboa, a chuva andou por quase todo o lado. Nas inundações em Algés
muito mais do que os prejuízos fica desta noite, fica também um morto a registar.

Entre dezembro de 2022 e janeiro deste ano as chuvas e inundações ficam registadas como das mais dispendiosas de sempre, cerca de 97 milhões de euros.

O Jornal de Notícias fez contas aos prejuízos causados por fenómenos climáticos desde 2017 entre os 150 concelhos afetados, incluindo os incêndios, a fatura das autarquias foi no total de 150 milhões. O apoio do Governo rondou os 70 mihões. Os autarcas, quando olham para o passado, ficam preocupados com o futuro.

Loures surge no topo desta lista. com quase 20 milhões de euros seguem-se Lisboa, Guarda, Vila Franca de Xira e Oliveira do Hospital.

Os cientistas dizem que muito tem sido feito pelas autarquias ainda assim há muito mais que pode ser feito, por exemplo, melhorar o sistema de alerta precoce, atuar com uma maior precisão e evitar que as calamidades alimentem os prejuízos e a lista de vidas que se perdem entre cheias, temporais e incêndios.