por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral, in Diário de Notícias
O Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência vai lançar o seu relatório dia 28 de maio, seis meses antes do habitual, numa nova estratégia orientada para um aumento da rapidez e da eficácia, disse hoje uma responsável daquela organização.
O relatório anual sobre o panorama das drogas e da toxicodependência nos países da União Europeia, na Noruega, Croácia e Turquia é normalmente divulgado em novembro, mas o Observatório decidiu dar preferência a "informação mais atual", explicou a mesma fonte à agência Lusa.
"O nosso novo programa de trabalho de três anos [2013-2015] dá muito ênfase a ter informação mais rapidamente", afirmou a mesma fonte, adiantando que a agência adotou uma nova estratégia que visa "acompanhar o fenómeno da droga e a sua rápida transformação, bem como as crescentes necessidades e mudanças nas expectativas do público".
A nova estratégia da agência "baseia-se nos princípios orientadores da relevância e atualidade, eficácia e valor, comunicação e orientação para o cliente", referiu, explicando que o novo documento anual vai designar-se "Relatório Europeu sobre Droga 2013: Tendências e evoluções", apresentando resumidamente as informações mais recentes nos 27 Estados-membros, Noruega, Croácia e Turquia.
O documento terá como produto central o relatório "Tendências e Evoluções", com textos mais curtos e mais dados estatísticos, acompanhado de um capítulo sobre as "Perspetivas sobre Drogas" (POD, na sigla em inglês).
No relatório deste ano, o foco será dado a 12 temas, entre os quais se incluem as abordagens de tratamento da hepatite C, a utilização de alto risco de cannabis, as situações de emergência relacionadas com a cocaína e o controlo das novas substâncias psicoativas.
Um destes temas só será, no entanto, apresentado em finais de junho, altura em que se realiza o III Fórum Internacional sobre novas drogas, esclareceu a mesma fonte da agência da UE de informação sobre droga, sediada em Lisboa.
O pacote informativo será completado com o Boletim estatístico ('Statistical bulletin') anual e as Panorâmicas por país ('Country overviews'), que apresentam dados e análises a nível nacional.
No último relatório, apresentado a 15 de novembro passado, o Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT) concluiu que o clima de austeridade na Europa está a fazer baixar o investimento no tratamento e redução de riscos para os consumidores de droga.
O documento adiantava ainda que o número de novos utilizadores de heroína estava a decair, tal como a disponibilidade desta droga na Europa, apesar de um aumento da produção a nível mundial, e que as drogas sintéticas estimulantes são uma das principais preocupações das autoridades.
De acordo com o último relatório anual daquela agência europeia, a cannabis continua a ser a droga mais popular na Europa, onde está a aumentar a produção caseira e a procura de tratamento para problemas relacionados com o uso.
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13.5.13
27.6.12
Consumo de marijuana está a aumentar na Europa
in Público on-line
O consumo de marijuana está a aumentar na Europa, enquanto o uso de haxixe tem vindo a diminuir, conclui um relatório europeu divulgado esta terça-feira.
O estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) refere que a Europa, um dos maiores consumidores mundiais de canábis, cujas folhas secas são popularmente designadas marijuana, tornou-se também um importante produtor daquela droga, a mais popular no conjunto dos países da União Europeia mais a Noruega, a Croácia e a Turquia.
Em dois terços dos países europeus, o consumo de canábis é agora dominado pela marijuana, enquanto a sua resina (haxixe) ocupa um terço das preferências dos consumidores.
Em dez países, maioritariamente do Leste europeu, a marijuana atinge mesmo 90% da canábis consumida.
Bélgica, Dinamarca, Países Baixos, Finlândia e Reino Unido são, por outro lado, países onde as autoridades detectaram um “forte aumento” da produção doméstica de canábis herbácea, designação dada à marijuana.
Esta realidade levou as polícias a fazerem parcerias com as entidades fornecedoras de electricidade ou autoridades do sector habitacional, de modo a detectaram a existência de plantações domésticas.
Radares e câmaras que detectam fontes de calor são equipamentos que passaram também a ser usados para combater o recente fenómeno das plantações caseiras para produzir marijuana.
Na Europa, para produzir canábis herbácea basta ter acesso a água e a electricidade, imprescindíveis para a produção das suas plantas, em que são já usadas processos sofisticados de produção, como a hidroponia, que usa apenas água, dispensando o recurso a terra.
Além da quantidade, as modernas técnicas permitem também melhorar a “qualidade”(potência) da droga produzida. Vinte e nove dos países que enviaram dados para o OEDT detectaram produções nos seus territórios, refere o relatório.
As estatísticas indicam que quase um em cada quatro europeus com idade entre os 15 e os 64 anos já experimentaram canábis, o que corresponde a 78 milhões de pessoas, e cerca de nove milhões de jovens (entre os 15 e os 34 anos) disseram tê-la consumido no último mês.
Quando ao haxixe, a maior parte desta variante da canábis consumida na Europa é produzida em Marrocos e entra no continente principalmente através das fronteiras de Portugal e Espanha.
O consumo de marijuana está a aumentar na Europa, enquanto o uso de haxixe tem vindo a diminuir, conclui um relatório europeu divulgado esta terça-feira.
O estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) refere que a Europa, um dos maiores consumidores mundiais de canábis, cujas folhas secas são popularmente designadas marijuana, tornou-se também um importante produtor daquela droga, a mais popular no conjunto dos países da União Europeia mais a Noruega, a Croácia e a Turquia.
Em dois terços dos países europeus, o consumo de canábis é agora dominado pela marijuana, enquanto a sua resina (haxixe) ocupa um terço das preferências dos consumidores.
Em dez países, maioritariamente do Leste europeu, a marijuana atinge mesmo 90% da canábis consumida.
Bélgica, Dinamarca, Países Baixos, Finlândia e Reino Unido são, por outro lado, países onde as autoridades detectaram um “forte aumento” da produção doméstica de canábis herbácea, designação dada à marijuana.
Esta realidade levou as polícias a fazerem parcerias com as entidades fornecedoras de electricidade ou autoridades do sector habitacional, de modo a detectaram a existência de plantações domésticas.
Radares e câmaras que detectam fontes de calor são equipamentos que passaram também a ser usados para combater o recente fenómeno das plantações caseiras para produzir marijuana.
Na Europa, para produzir canábis herbácea basta ter acesso a água e a electricidade, imprescindíveis para a produção das suas plantas, em que são já usadas processos sofisticados de produção, como a hidroponia, que usa apenas água, dispensando o recurso a terra.
Além da quantidade, as modernas técnicas permitem também melhorar a “qualidade”(potência) da droga produzida. Vinte e nove dos países que enviaram dados para o OEDT detectaram produções nos seus territórios, refere o relatório.
As estatísticas indicam que quase um em cada quatro europeus com idade entre os 15 e os 64 anos já experimentaram canábis, o que corresponde a 78 milhões de pessoas, e cerca de nove milhões de jovens (entre os 15 e os 34 anos) disseram tê-la consumido no último mês.
Quando ao haxixe, a maior parte desta variante da canábis consumida na Europa é produzida em Marrocos e entra no continente principalmente através das fronteiras de Portugal e Espanha.
26.4.12
Há uma nova droga a entrar na Europa todas as semanas
in Público on-line
Por semana, há uma nova droga na União Europeia (UE) revela o relatório anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) e da Europol, relativo ao ano passado.
Publicado hoje, o relatório sobre novas substâncias psicoativas hoje publicado revela que foram oficialmente notificadas, pela primeira vez, um total de 49 novas substâncias psicoativas, através do sistema de alerta rápido da União Europeia, o que representa o maior número de substâncias alguma vez notificado num só ano, e constitui um aumento em relação às 41 substâncias assinaladas em 2010 e às 24 assinaladas em 2009.
Na lista de substâncias há dois grupos predominantes: os canabinóides sintéticos (23 substâncias) e as catinonas sintéticas (8 substâncias), que são, actualmente, os dois maiores grupos de drogas monitorizados pelo sistema de alerta rápido e que, em conjunto, representam cerca de dois terços das novas substâncias notificadas em 2011. Todos os novos compostos notificados eram sintéticos.
"Hoje vemos novas drogas a serem comercializadas na Internet em embalagens atractivas, a serem vendidas em clubes nocturnos, ou nas ruas. Seja qual for a sua origem, a realidade é que, aqueles que consomem uma crescente variedade de pós, comprimidos e misturas, sem terem um conhecimento preciso sobre a composição dessas substâncias e sobre o potencial risco que estas podem causar à saúde, estão a jogar um perigoso jogo de roleta", alerta Wolfgang Götz, director do OEDT, em comunicado à imprensa.
Por seu lado, Rob Wainwright, director da Europol, sublinha também a importância da Internet – que "está a ser abusivamente utilizada pelas organizações criminosas" – para vender drogas ilícitas e novas substâncias psicoativas. "Temos de assegurar que as agências policiais dispõem de modernos meios operacionais e legislativos adequados para combater esses casos de forma eficaz", defende.
Um inquérito Eurobarómetro, realizado em 2011, junto da população jovem mostrou que, em média, cerca de 5% dos jovens inquiridos (entre os 15 e os 24 anos) afirmam já ter consumido legal highs, tendo obtido tais substâncias sobretudo através de amigos (54%), em festas ou clubes (37%), em lojas especializadas (33%) ou na Internet (7%).
Por semana, há uma nova droga na União Europeia (UE) revela o relatório anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) e da Europol, relativo ao ano passado.
Publicado hoje, o relatório sobre novas substâncias psicoativas hoje publicado revela que foram oficialmente notificadas, pela primeira vez, um total de 49 novas substâncias psicoativas, através do sistema de alerta rápido da União Europeia, o que representa o maior número de substâncias alguma vez notificado num só ano, e constitui um aumento em relação às 41 substâncias assinaladas em 2010 e às 24 assinaladas em 2009.
Na lista de substâncias há dois grupos predominantes: os canabinóides sintéticos (23 substâncias) e as catinonas sintéticas (8 substâncias), que são, actualmente, os dois maiores grupos de drogas monitorizados pelo sistema de alerta rápido e que, em conjunto, representam cerca de dois terços das novas substâncias notificadas em 2011. Todos os novos compostos notificados eram sintéticos.
"Hoje vemos novas drogas a serem comercializadas na Internet em embalagens atractivas, a serem vendidas em clubes nocturnos, ou nas ruas. Seja qual for a sua origem, a realidade é que, aqueles que consomem uma crescente variedade de pós, comprimidos e misturas, sem terem um conhecimento preciso sobre a composição dessas substâncias e sobre o potencial risco que estas podem causar à saúde, estão a jogar um perigoso jogo de roleta", alerta Wolfgang Götz, director do OEDT, em comunicado à imprensa.
Por seu lado, Rob Wainwright, director da Europol, sublinha também a importância da Internet – que "está a ser abusivamente utilizada pelas organizações criminosas" – para vender drogas ilícitas e novas substâncias psicoativas. "Temos de assegurar que as agências policiais dispõem de modernos meios operacionais e legislativos adequados para combater esses casos de forma eficaz", defende.
Um inquérito Eurobarómetro, realizado em 2011, junto da população jovem mostrou que, em média, cerca de 5% dos jovens inquiridos (entre os 15 e os 24 anos) afirmam já ter consumido legal highs, tendo obtido tais substâncias sobretudo através de amigos (54%), em festas ou clubes (37%), em lojas especializadas (33%) ou na Internet (7%).
Número recorde de novas drogas descobertas na Europa em 2011
in Jornal de Notícias
O número de novas drogas descobertas pelas autoridades na Europa foi novamente o maior de sempre no ano passado, com 49 novas substâncias, revelou o relatório anual do Observatório da Droga e da Toxicodependência.
É o maior número de novas substâncias psicoativas detetadas através do sistema europeu de alerta num único ano, batendo o recorde de 41 atingido em 2010, refere o Observatório da Droga e da Toxicodependência (OEDT).
O aumento verifica-se no campo das drogas vendidas em lojas e através da Internet e publicitadas como "legais".
"A velocidade a que as novas drogas aparecem no mercado desafia os métodos estabelecidos de monitorização, resposta e controlo do uso de novas substâncias psicoativas", alerta o OEDT no relatório.
Pós, comprimidos e misturas
Das 49 novas substâncias, 23 são canabinóides sintéticos, que se popularizaram nos últimos anos muitas vezes sob a designação de "Spice", um produto vendido através da Internet e em "smart-shops" especializadas e embalado como mistura herbal para ser usada como ambientador.
Fumados, produzem efeitos semelhantes ao cannabis. O relatório do Observatório indica taquicardia, agitação, alucinações, hipertensão e náuseas como efeitos secundários registados após o consumo de produtos tipo "Spice".
O diretor do OEDT, Wolfgang Götz, afirmou que estas novas drogas são vendidas numa "crescente variedade de pós, comprimidos e misturas" a pessoas que "estão a jogar um perigoso jogo de roleta", sem saber exatamente o que estão a consumir.
Internet "abusivamente utilizada" por redes criminosas
Quanto a Rob Wainwright, diretor da Europol, afirmou que "a Internet está a ser abusivamente utilizada pelas organizações criminosas" e defendeu que as agências policiais têm que ter "modernos meios operacionais e legislativos" para as combater.
O OEDT assinala que não há números fiáveis que deem a dimensão exata do uso deste tipo de substâncias entre a população europeia.
Segundo os números do Eurobarómetro de 2011, em que foram entrevistados 12 mil jovens entre os 15 e os 24 anos, 5% afirmaram ter consumido drogas sintéticas publicitadas como legais.
Nos canabinóides descobertos em 2012 regista-se um "aumento de número e diversidade", com cinco tipos de produtos químicos novos, fixando-se agora em 45 o número de canabinóides sintéticos conhecidos.
O OEDT monitoriza constantemente a Internet, veículo privilegiado para a venda destas substâncias e registou um aumento de lojas "online" que as comercializam: de 170 em janeiro de 2010, o número subiu para 690 em janeiro deste ano.
Os "euforizantes legais" ou "químicos para efeitos de pesquisa", como são vendidos, são um "fenómeno global que cresce a um ritmo sem precedentes", indica o OEDT no relatório.
Entre as novas substâncias descobertas no ano passado estão também variantes das catinonas como a mefedrona - uma substância análoga às anfetaminas conhecida como "miau miau" e acrescentada este ano à lista de substâncias proibidas em Portugal.
O número de novas drogas descobertas pelas autoridades na Europa foi novamente o maior de sempre no ano passado, com 49 novas substâncias, revelou o relatório anual do Observatório da Droga e da Toxicodependência.
É o maior número de novas substâncias psicoativas detetadas através do sistema europeu de alerta num único ano, batendo o recorde de 41 atingido em 2010, refere o Observatório da Droga e da Toxicodependência (OEDT).
O aumento verifica-se no campo das drogas vendidas em lojas e através da Internet e publicitadas como "legais".
"A velocidade a que as novas drogas aparecem no mercado desafia os métodos estabelecidos de monitorização, resposta e controlo do uso de novas substâncias psicoativas", alerta o OEDT no relatório.
Pós, comprimidos e misturas
Das 49 novas substâncias, 23 são canabinóides sintéticos, que se popularizaram nos últimos anos muitas vezes sob a designação de "Spice", um produto vendido através da Internet e em "smart-shops" especializadas e embalado como mistura herbal para ser usada como ambientador.
Fumados, produzem efeitos semelhantes ao cannabis. O relatório do Observatório indica taquicardia, agitação, alucinações, hipertensão e náuseas como efeitos secundários registados após o consumo de produtos tipo "Spice".
O diretor do OEDT, Wolfgang Götz, afirmou que estas novas drogas são vendidas numa "crescente variedade de pós, comprimidos e misturas" a pessoas que "estão a jogar um perigoso jogo de roleta", sem saber exatamente o que estão a consumir.
Internet "abusivamente utilizada" por redes criminosas
Quanto a Rob Wainwright, diretor da Europol, afirmou que "a Internet está a ser abusivamente utilizada pelas organizações criminosas" e defendeu que as agências policiais têm que ter "modernos meios operacionais e legislativos" para as combater.
O OEDT assinala que não há números fiáveis que deem a dimensão exata do uso deste tipo de substâncias entre a população europeia.
Segundo os números do Eurobarómetro de 2011, em que foram entrevistados 12 mil jovens entre os 15 e os 24 anos, 5% afirmaram ter consumido drogas sintéticas publicitadas como legais.
Nos canabinóides descobertos em 2012 regista-se um "aumento de número e diversidade", com cinco tipos de produtos químicos novos, fixando-se agora em 45 o número de canabinóides sintéticos conhecidos.
O OEDT monitoriza constantemente a Internet, veículo privilegiado para a venda destas substâncias e registou um aumento de lojas "online" que as comercializam: de 170 em janeiro de 2010, o número subiu para 690 em janeiro deste ano.
Os "euforizantes legais" ou "químicos para efeitos de pesquisa", como são vendidos, são um "fenómeno global que cresce a um ritmo sem precedentes", indica o OEDT no relatório.
Entre as novas substâncias descobertas no ano passado estão também variantes das catinonas como a mefedrona - uma substância análoga às anfetaminas conhecida como "miau miau" e acrescentada este ano à lista de substâncias proibidas em Portugal.
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