in Jornal Público
A Câmara do Porto vai arrendar um prédio, na Rua do Comércio do Porto, a uma empresa de software, a IBS Portugal, que se compromete a criar 50 novos empregos. A anterior gestão socialista do município comprou e remodelou este imóvel, orçando as duas operações em um milhão de euros. O prédio vai ser alugado por 5 mil euros mensais, aumentando a renda 250 euros, anualmente, até ao quinto ano (até perfazer 6 mil euros). A partir daqui, o aumento será definido pela percentagem anual de aumento dos arrendamentos.
A maioria PSD-CDS defendeu este arrendamento, por ajuste directo, com a "criação de 50 empregos qualificados", revelou que o Pólo Tecnológico da Maia também estava na corrida e tratou de explicar que a renda mensal se encontra dentro dos valores de mercado actualmente praticados. Argumentos que não chegaram para convencer PS e CDU, pelo que o arrendamento foi aprovado, mas com os votos contra dos representantes destes partidos.
O vereador comunista Rui Sá insurgiu-se contra o contrato, por este não conter nada que vincule a IBS. "Com este contrato, a empresa pode criar um único posto de trabalho e nós não a podemos despejar. O contrato não diz nada acerca da criação de postos de trabalho", avisou.
No PS, a vereadora Palmira Macedo quer que a criação de emprego no centro do Porto se torne uma tendência e questionou a legalidade deste processo, nomeadamente se o mesmo se enquadra nas chamadas "Iniciativas locais de emprego". Já Ana Maria Pereira optou por defender que o referido prédio deveria funcionar como equipamento social.
50
empregos qualificados a criar pela empresa que vai arrendar o imóvel foram determinantes na decisão