Cristina Santos, Fátima Missionária
A América Latina registou avanços consideráveis na redução da pobreza, em particular entre 2002 e 2008. É preciso diminuir a dependência dos mercados internacionais, diz um responsável
O continente avança em direcção aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Brasil e Chile já alcançaram a primeira meta: redução da pobreza extrema. Até 2015, os níveis deverão diminuir em 50 por cento. O Peru é outro dos países a destacar-se no combate à pobreza. Os maiores resultados foram registados entre 2002 e 2008, revela a CEPAL.
O relatório da Comissão Económica para a América Latina e as Caraíbas (CEPAL) destaca um crescimento económico elevado, um aumento das verbas sociais e políticas internas que amenizaram os efeitos da crise financeira global. Porém, o actual contexto económico travou alguns progressos e suscita agora algumas dúvidas na eficácia do combate da pobreza. A América Latina continua a registar taxas de pobreza preocupantes entre as crianças, mulheres, comunidades indígenas e afro-descendentes e camponeses, em relação aos habitantes das cidades.
«A região tem que procurar também mecanismos de dinamizar o mercado interno e diminuir dependência dos mercados internacionais», defende o secretário-executivo adjunto da organização, António Prado, segundo a Rádio das Nações Unidas. O documento realça ainda progressos na área da saúde e sustentabilidade ambiental.