in Jornal de Notícias
A ministra da Saúde, Ana Jorge, garantiu que os doentes não ficam a perder com o aumento do IVA nos medicamentos, que será compensado pela redução de preço de 2000 fármacos, que também entrou em vigor esta quinta-feira.
"A baixa [de preço] que está feita para os medicamentos é maior do que o efeito que tem a subida do IVA. No final, não há um agravamento comparativamente com o que existia neste momento,", disse.
"O preço que ficou é bastante inferior àquele que estava a ser praticado, portanto os cidadãos não ficarão a perder no final", assegurou Ana Jorge, lembrando que, em Janeiro, deverá haver também uma redução de preço dos medicamentos genéricos.
A ministra da Saúde, que falava aos jornalista no final da cerimónia de lançamento da primeira pedra da "Casa dos Marcos", um equipamento para crianças com doenças raras, que vai ser construído na Moita, admitiu, no entanto, que poderá haver excepções em casos pontuais.
Questionada sobre o alargamento da prescrição de medicamentos em unidose a todo o território nacional -- uma nova forma de prescrição que até agora só era possível na região de Lisboa e que não teve adesão das farmácias --, a ministra da Saúde mostrou-se optimista.
"Para já, o facto de [a prescrição por unidose] ser estendida a todo o país dá a possibilidade de haver mais aderentes", disse a ministra.
Ana Jorge salientou, no entanto, que para esta nova forma de distribuição de medicamentos ser efectiva "tem de haver prescrição" por parte dos médicos e "tem de haver farmácias para dispensar os medicamentos em unidose".
"Na nova portaria está bem definido quais são os fármacos que podem ser sujeitos à unidose. Estamos a falar exclusivamente do tratamento de doença aguda, aquela em que faz sentido que as pessoas levem apenas aquilo de que precisam, porque quando acaba o medicamento acaba o tratamento", disse.