2.7.10

Metade dos portugueses não faz férias

Rafael Barbosa, in Jornal de Notícias

Está a aumentar o número de portugueses que não se podem dar ao luxo de fazer férias, por curtas e baratas que possam ser.

Se em anos anteriores já havia 42% dos inquiridos nessa situação, este ano metade dos portugueses não as fará. Ainda assim, um em cada cinco (19%) está a programar um descanso de até duas semanas e um pequeno número de privilegiados fará até férias durante mais de um mês.

Os que vão fazer férias vão no entanto gastar menos (22%) do que em anos anteriores, enquanto uns poucos (5%) acham que vão gastar mais. Portugal é naturalmente o destino de eleição (35%), mas as férias no estrangeiro atraem cada vez mais gente. Em anos anteriores foram apenas 5% dos portugueses, este ano deverão ser 7%.

Ficha técnica

Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias entre os dias 19 e 21 de Junho de 2010. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal Continental. Foram seleccionadas aleatoriamente dezanove freguesias do país, tendo em conta a distribuição da população recenseada
eleitoralmente por regiões NUT II (2001) e por freguesias com mais e menos de 3200 recenseados. A selecção aleatória das freguesias foi sistematicamente repetida até os resultados eleitorais das eleições legislativas de 2002 e 2005 nesse conjunto de freguesias, ponderado o número de inquéritos a realizar em cada uma, estivessem a menos de 1% do resultados nacionais dos cinco maiores partidos. Os domicílios em cada freguesia foram seleccionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada domicílio o mais recente aniversariante recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 1179 inquéritos válidos, sendo que 54% dos inquiridos eram do sexo feminino,37% da região Norte, 19% do Centro, 34% de Lisboa e Vale do Tejo, 6% do Alentejo e 4% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população com 18 ou mais anos residentes no Continente por sexo (2007) e escalões etários (2007), na base dos dados do INE, e por região e habitat na base dos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 48,8%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1179 inquiridos é de 2,9%, com um nível de confiança de 95%.