in SIC
O presidente do Banco Mundial aplaude o esforço dos mais ricos e emergentes em tempos de orçamentos reduzidos. O fundo de ajuda ao desenvolvimento sai reforçado no lançamento da campanha para 2011-2014. O compromisso, hoje assumido pelos principais doadores, representa um aumento de 18 por cento em relação ao último triénio.
Os "Dias Europeus do Desenvolvimento" em Bruxelas “É um resultado muito significativo numa época de cortes orçamentais nos países doadores”, notou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, no final da reunião de dois dias da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), órgão do Banco Mundial que gere o fundo de ajuda às mais pobres nações do mundo.
Criado em 1960, angaria e destina donativos e empréstimos sem juros a países onde o PIB per capita é tão baixo que dividindo pela população, cada habitante não tem mais do que 2 dólares (1,5 euros) por dia. A maioria vive nos países africanos, abaixo da linha do deserto do Sara.
Mas não só de África subsariana é feita a ajuda ao desenvolvimento. 79 nações vão beneficiar deste reforço de 37 mil milhões de Euros, disponibilizado por 51 países doadores. A China é apontada como tendo avançado com um dos maiores contributos, sobretudo agora, que ganhou mais poder de voto e influência nas decisões do Banco Mundial. Robert Zoellick recusou-se, no entanto, a especificar o quanto os Estados Unidos e os outros contribuintes se comprometem a dar. Sabe-se apenas que o total da participação da União Europeia equivale a 43%.
Oportunidade para cumprir Objectivos do Milénio
Os países doadores reúnem-se de 3 em 3 anos para reabastecer o fundo e avaliar a estratégia de financiamento de programas. “Deve ser considerado como um investimento no futuro, porque precisamos do desenvolvimento destes países para estimular o crescimento mundial”, disse Ngozi Okonjo-Iweala, directora geral do Banco Mundial.
A campanha 2011-2014 representa a última ocasião para os países pobres acelerarem o cumprimento dos Objectivos do Milénio, em especial o que diz respeito à redução da pobreza para metade em 2015.
O fundo da IDA destina-se a financiar infra-estruturas básicas, programas de educação, saúde, desenvolvimento agrícola e de melhoria das instituições e boas práticas na governação.
Um novo mecanismo de ajuda em caso de catástrofe natural ou “crash” económico foi aprovado e contempla já uma verba para ajudar na reconstrução do Haiti, ainda na sequência no sismo de Janeiro.


