23.1.12

"Foram contornados os aspetos mais negativos"

in Diário de Notícias

João Proença, o secretário-geral da UGT, defende que o acordo tripartido assinado em concertação social é "bom para os trabalhadores no momento atual, que é um momento de crise", e garante que, nas negociações, foi possível contornar os aspetos mais negativos que seriam introduzidos no mercado laboral pelo memorando da troika, e que seriam implementados caso não se tivesse chegado a este acordo.

Em entrevista ao Gente que Conta, programa de entrevistas semanal conduzido por João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, João Proença defende que é falso que tenha havido flexibilização nos despedimentos e que a questão da inadaptação é a única novidade, alargada a posições em que um trabalhador "tem quebras anuais de produtividade" ou põe em risco as condições de higiene ou segurança.

Não afasta a possibilidade de conflitos graves na sociedade portuguesa, caso se verifiquem reestruturações selvagens ou despedimentos, e elogia o secretário-geral do PS, António José Seguro, que "assumiu por inteiro" os compromissos anteriores do Governo PS. Lança ainda críticas aos ex-governantes socialistas que condenaram o acordo assinado pela UGT, acusando-os de "irresponsabilidade".