28.1.12

Crise económica deixa muitos «inativos»

Texto Cristina Santos, in Fátima Missionária

Além dos desempregados é necessário ter em conta as pessoas que já desistiram de procurar trabalho e que estão economicamente inativas. Muitos jovens estão a prolongar os estudos por causa da crise económica

Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho revela que é necessário criar 600 milhões de postos de trabalho para promover o desenvolvimento. Apresenta também os números do desemprego mundial, em tempo de crise económica, e alerta para o facto que os inativos não entram nas estatísticas dos desempregados. O mundo conta hoje com 29 milhões de trabalhadores a menos do que se previa antes do início da crise.

Se incluirmos os «trabalhadores desmotivados» na taxa de desemprego mundial, a diferença é considerável. Dos atuais 197 milhões de desempregados no mundo passar-se-ia para 225 milhões. O termo «trabalhador desmotivado» engloba todas as pessoas, com idade para trabalhar, que já desistiram de procurar trabalho porque consideram que não têm a mínima hipótese de o conseguir. É o caso dos jovens que prolongam os estudos porque não conseguem arranjar emprego.

Os jovens continuam a ser os que mais sofrem com a crise do emprego. Não se esperam grandes melhorias a curto prazo. Segundo o estudo, correm três vezes mais riscos de ficarem no desemprego do que os adultos. O relatório debruça-se sobre a situação das mulheres. 50,5 por cento têm empregos considerados vulneráveis. É o caso das pessoas que trabalham por conta própria e os trabalhadores familiares não remunerados.