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23.5.22

Comissária da ONU para os Direitos Humanos inicia visita à China

in Expresso das Ilhas

A alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, iniciou hoje uma visita à China, tendo prevista uma deslocação a Xinjiang, onde Pequim é acusada de abusos contra a minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur.

Michelle Bachelet "chegou [à China] e está a ter uma reunião", disse Ravina Shamdasani, porta-voz do alto comissariado, citada pela agência France Presse.

Esta visita promete ser controversa para a ex-presidente chilena, que corre o risco de não ter livre acesso à região e de ser usada pelas autoridades chinesas para fins propagandísticos, apontam observadores.

A alta-comissária vai dar uma conferência de imprensa no último dia da visita, esclareceu o comunicado divulgado pelo seu gabinete.

Um grupo do gabinete das Nações Unidas liderado por Bachelet chegou à China no dia 25 de Abril, para preparar a visita. O grupo teve de cumprir um período de quarentena, imposto a quem chega ao país asiático oriundo do exterior.

Nos próximos meses, Michelle Bachelet deverá publicar um relatório sobre a situação em Xinjiang, que ficará à consideração de Pequim, para que as autoridades chinesas se possam pronunciar.

De acordo com organizações de defesa dos Direitos Humanos, pelo menos um milhão de uigures e membros de outras minorias de origem muçulmana, estão ou foram encarcerados em campos de doutrinação em Xinjiang, e colocados sob vigilância apertada pelas autoridades.

Pequim contesta, dizendo que são centros de treino vocacional, destinados a afastá-los de movimentos terroristas e separatistas.

22.4.21

ONU realça movimento antidiscriminação. Pede que se "aproveite o momento

Por Notícias ao Minuto

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, apontou hoje que em 2020 o mundo assistiu à emergência de um movimento global contra a intolerância e apelou à comunidade internacional para "aproveitar o momento".

"O ano passado foi um marco importante contra o flagelo do racismo, da discriminação racial, da xenofobia e intolerância relacionada na Europa e no mundo", disse Michelle Bachelet na abertura da Conferência de Alto Nível sobre proteção contra discriminação racial e intolerância relacionada, organizada pela presidência portuguesa do Conselho da UE.

"Vimos uma emergência de movimentos antirracistas e de grupos de defesa dos direitos civis, com muitos jovens que corajosamente saíram às ruas para exigir justiça racial, equidade, igualdade e direitos civis para todos", prosseguiu.

A Alta Comissária deu como exemplo desse combate o movimento de protesto desencadeado pela morte do norte-americano George Floyd --- "emblemática de um padrão de injustiça racial enfrentada pelos afrodescendentes em muitos países" ---, mas também grupos que se insurgiram contra o aumento dos ataques antissemitas e "o alarmante aumento do discurso de ódio" contra os ciganos no contexto da pandemia de covid-19.

"Temos de aproveitar este momento para corrigir injustiças históricas e combater a impunidade da discriminação racial e intolerância relacionada", apelou.

Para isso, a comunidade internacional tem de "implementar normas e padrões de direitos humanos" como a Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Formas de discriminação e a Declaração e Plano de Ação de Durban, "compromissos acordados internacionalmente contra a discriminação racial em todas as esferas da vida".

Estes instrumentos, reforçou, "comprometem os Estados a tomar medidas orientadas na legislação, nas políticas e na prática, para garantir direitos plenos e iguais para os que enfrentaram discriminação no passado" numa ação concertada entre governos, parlamentos e a sociedade civil.

Apontando que a pandemia de covid-19 "expôs discriminações e desigualdades raciais indefinidas em larga escala", Michelle Bachelet defendeu uma "abordagem à recuperação baseada nos direitos humanos".

"Uma abordagem que coloque as pessoas no centro de todos os esforços", sublinhou, com medidas concretas "devidamente financiadas para que tenham um efeito real".

A concluir, Bachelet frisou que "a situação é urgente e é preciso agir agora" e que o Alto Comissariado que dirige está preparado para "apoiar todos os esforços" nesse sentido.

Organizada pela presidência portuguesa do Conselho da UE, em parceria com o Programa Nunca Esquecer, a Conferência de Alto Nível "Proteção contra a Discriminação Racial e Intolerância Relacionada" insere-se nos programas do "Trio de Presidências" (Alemanha, Portugal, Eslovénia) e da PPUE e integra-se numa série de iniciativas relacionadas com a promoção dos valores democráticos europeus.