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12.12.14

Crise não chegou ao luxo. Só na Europa criou 100 mil empregos em três anos

por Rafaela Burd Relvas, in Diário de Notícias

No ano passado, o mercado do luxo respondia por 1,1 milhões de empregos na Europa, mais 11% do que em 2010.

A Avenida da Liberdade vai contar com, pelo menos, sete novas lojas de marcas de luxo já no próximo ano. É uma tendência de crescimento que se verifica desde 2013, que se acentuou este ano e que, seguramente, será para continuar. "Neste momento, o [setor do luxo] só não cresce mais porque não temos uma oferta suficientemente adequada aos requisitos exigidos pela procura", diz Sandra Campos, diretora de retalho da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, em declarações ao DN/Dinheiro Vivo.

É que "falta fazer a reabilitação de muitos imóveis, em várias partes da cidade, para criar espaços novos; e falta, por outro, apurar os primeiros resultados da alteração à lei do arrendamento". Não fosse isso e "teríamos registado um número ainda maior de aberturas", garante.

Os números são estes: abriram dez lojas na Avenida da Liberdade no ano passado e oito este ano. Para o próximo ano, já há lista de espera para abrir novos espaços na avenida mais cara da capital portuguesa. Mas o comércio de rua está vivo para lá da avenida e, entre 2013 e 2014, abriram nas principais (e mais caras) zonas de retalho de Lisboa, incluindo o Chiado, a Rua Castilho, a Baixa e o Príncipe Real, quase 70 novas lojas.

Portugal acompanha assim a tendência europeia, que deixa claro que, no luxo, não há crise. No ano passado, o sector do luxo respondia diretamente por cerca de 1,1 milhões de empregos na Europa, mais 11% do que em 2010. Contando com os postos de trabalho para os quais contribui indiretamente, o número sobe para 1,7 milhões, contra 1,5 milhões em 2010. Nestes três anos, de acordo com um estudo encomendado pela Aliança Europeia das Indústrias Culturais e Criativas à consultora Frontier Economics, as marcas de carros, vinhos e moda de luxo criaram 100 mil empregos.