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8.6.22

Marcelo elogia papel dos politécnicos no combate às desigualdades no país

Carla Esteves, in Diário do Minho 

A deslocação a Barcelos abriu, hoje, o vasto programa das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

O Presidente da República elogiou, hoje à tarde, o papel do ensino superior polictécnico no combate às assimetrias em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa falava em Barcelos, durante a sessão de homenagem, a título póstumo, do ex-presidente do IPCA, João Carvalho, pelo seu legado e contributo nas áreas da contabilidade e fiscalidade.

A deslocação a Barcelos abriu, hoje, o vasto programa das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que se estende até sexta-feira, 10 de Junho, em Braga.

Durante a sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que «hoje é visível como sem o ensino superior politécnico o país seria diferente, seria menos desenvolvido e menos coeso territorialmente, seria mais desigual, mais assimétrico e mais injusto».

O Presidente da República enalteceu, por isso, o papel de João Carvalho no despontar do ensino superior politécnico, pelo facto de ter acreditado e desenvolvido condições para que ele vingasse.

«Esta condecoração é indissociável do IPCA, mas vai para além do IPCA. Abarca todo o contributo comunitário que o seu projeto envolveu e o papel fundamental que esta e outras instituições similares tiveram no nosso país », afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Recordando João Carvalho como um «homem que viveu a vida com paixão, o Presidente da República afirmou que foi ao IPCA condecorar «um símbolo do que é a importância dos politécnicos na sociedade portuguesa».

«É uma condecoração por uma grande paixão ao serviço de Portugal e foi essa a razão da sua atribuição», afirmou, antes de entregar à atual presidente do IPCA, Maria José Fernandes, a condecoração conferindo a João Carvalho o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, a título póstumo.

17.5.22

Europa paga mais de mil milhões de euros a Portugal

Ana E. de Freitas, in Rádio Voz da Planície

O anuncio foi feito nas comemorações do Dia da Europa, realizadas ontem em Évora. O pagamento é feito ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência e depende da execução dos investimentos e reformas descritos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português

O montante a pagar é para suportar 38 objetivos intermédios e metas, ou seja reformas e investimentos nos domínios da saúde, habitação social, serviços sociais, investimento e inovação, qualificações e competências, silvicultura, economia azul, bioeconomia, gases renováveis (incluindo o hidrogénio), finanças públicas e administração pública, segundo comunicado da tutela.

4.5.22

"Ganho o ordenado mínimo e tenho 30 anos de casa"

in Jornal de Notícias

Trabalhadores, reformados e jovens participaram hoje nas celebrações do 1.º de Maio, em Lisboa, organizadas pela CGTP para reivindicarem mais direitos e melhores salários, numa altura em que o custo de vida aumenta.

Dalila Santos, 58 anos, operadora especializada de hipermercado, foi de Cascais, onde mora, a Lisboa, para participar no desfile que partiu do Martim Moniz cerca das 15.15 rumo à Alameda, para manifestar o seu desagrado "em relação a tudo, desde aos impostos, mas principalmente em relação aos ordenados".

"Ganho o ordenado mínimo e tenho 30 anos de casa", começou por contar a trabalhadora.

"Estamos no primeiro dia [do mês] e quase já não tenho dinheiro, é uma vergonha", acrescentou Dalila.

Já o estudante de 18 anos Salomão Parreira, de Odivelas, marcou presença no desfile por considerar que "esta é uma altura muito importante para defender os direitos dos trabalhadores" devido ao aumento do custo de vida que afeta também os mais jovens.

O mercado de trabalho para os jovens "está cada vez mais difícil, é cada vez mais complicado arranjar não só emprego, mas também algum emprego que permita condições de vida minimamente decentes para os jovens", disse Salomão.

De boina devidamente enfeitada para a ocasião, José Pulido, reformado de 70 anos, do Forte da Casa, concelho de Vila Franca de Xira, quis dar o exemplo às novas gerações ao participar no desfile da CGTP.

"Hoje é o Dia do Trabalhador e antes do 25 de Abril de 1974 não tínhamos este dia", sublinhou.

"Vejo muito mal o mundo do trabalho, os trabalhadores sem direitos nenhuns, é isso que eu vejo", acrescentou o reformado.

Milhares de pessoas concentraram-se no Martim Moniz, em Lisboa, cerca das 14:30 e partiram rumo à Alameda cerca das 15:15, no âmbito das celebrações do 1.º de Maio da CGTP.

O desfile partiu ao ritmo de bombos e de palavras de ordem, cerca das 15:15, pela avenida Almirante Reis, com a organização a dar a partida aos microfones: "Abril continua, Maio está na rua!"; "vamos levantar bem alto aquilo que são as reivindicações dos trabalhadores".

Os trabalhadores puderam este ano celebrar o Dia do Trabalhador sem restrições associadas à pandemia de covid-19, ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos, mas muitos optaram por usar máscara.

Entre as palavras de ordem ouviu-se "para o país progredir, é preciso investir" e "para o país avançar salários aumentar".

"Paz sim, guerra não", entoaram os manifestantes que também pediram "combate ao aumento do custo de vida e à especulação".

Alguns dos manifestantes usaram cravos vermelhos, numa alusão ao 25 de Abril de 1974.

Os trabalhadores portugueses puderam hoje comemorar o 1.º de Maio sem restrições, participando nas iniciativas de rua que a CGTP promove em mais de 30 localidades do país, ou no debate da UGT sobre os desafios do mundo laboral, em Lisboa.

Nos últimos dois anos, devido às restrições relativas à pandemia da covid-19, a Intersindical não desistiu de assinalar a data na Alameda, embora apenas com cerca de um milhar de manifestantes, devidamente distanciados.

Este ano a CGTP voltou a fazer o tradicional desfile na capital, a partir da praça do Martim Moniz até à Alameda, onde ocorreu o comício sindical, assim como a manifestação do Porto, na avenida dos Aliados.

O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 136 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.