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10.2.23
Médico psiquiatra destaca o «rastreio, o diagnóstico e a prevenção» como pontos chave na forma de encarar a velhice
Dia Mundial do Doente: «Isolamento social, quer nos idosos, quer nas crianças, é um fator importante na perda da saúde mental» – Pedro Varandas
Lisboa, 09 fev 2023 (Ecclesia) – Pedro Varandas, médico psiquiatra e diretor clínico do Ginásio Cerebral Sénior Comunitário, disse à Agência ECCLESIA que o espaço quer promover o “envelhecimento ativo” e destaca que o “isolamento social é um fator importante na perda da saúde mental”.
“Com a pandemia e confinamentos surgiu muito isolamento, sabemos que o isolamento social, quer nos idosos, quer nas crianças, é um fator importante para a perda da saúde mental, aqui é o ponto de acolhimento e disponibilidade de estabelecer relações sociais que, de outro modo, não podiam estabelecer na sua comunidade”, explica o especialista.
Para Pedro Varandas, o “rastreio e o diagnóstico, bem como a prevenção” podem ser elementos chave na forma como os idosos encaram a sua velhice, que pode trazer “diminuição de capacidades cognitivas”.
“O ginásio cerebral sénior comunitário visa sobretudo prestar cuidados de saúde de natureza preventiva e reabilitativa, e até terapêutica, a uma população mais velha na sua comunidade, é um espaço destinado às funções cognitivas”, precisa.
A valência resulta de uma parceria entre a Casa de Saúde da Idanha, das Irmãs Hospitaleiras, com a Câmara Municipal de Sintra, iniciou em 2018, sofreu “adaptações em tempo de pandemia” e, em dezembro de 2022, “abriu no Cacém”.
Para o Dia Mundial do Doente, celebrado a 11 de fevereiro, o Papa intitulou a sua mensagem “Trata bem dele”, um mote que, na opinião do médico, está bem alinhado com o carisma das Irmãs Hospitaleiras.
“Tratar bem é a missão das Irmãs Hospitaleiras e a mensagem do Papa está alinhada ou, ao contrário, as Irmãs estão perfeitamente alinhadas com a mensagem do Papa e é isso que aqui fazemos, cuidado e relacionamento com o outro, amar o outro”, explica.
Para o médico psiquiatra, “esta estrutura de intervenção visa sobretudo o envelhecimento ativo” daqueles séniores que procuram o rastreio e que “possa ser passível de uma intervenção para melhorar o desempenho intelectual e a forma como vai cuidar da sua vida”.
Esta experiência será piloto para que no futuro esta mensagem e forma de intervir se possa espalhar pela cidade de Lisboa e por outros locais, quer pela nossa própria instituição mas por outras que queiram adotar o conhecimento e metodologias que vamos treinando e desenvolvendo”.
Para o médico psiquiatra, a prevenção nesta faixa etária é palavra de ordem e que “pode mudar o processo que pode levar a uma doença”.
“A prevenção pode conseguir mudar o curso do processo que pode levar a uma doença, neste caso a própria prevenção pode ter esta função ou alterar um bocadinho o ritmo da evolução da doença, falamos de demência e aqui fazemos este trabalho que pode modificar bastante o curso inevitável das pessoas que podem ficar demenciadas”, aponta.
Do Ginásio Cerebral Sénior Comunitário, a funcionar no Cacém, Pedro Varandas sublinha a intervenção da plataforma criada por robot, “que associa o treino cognitivo ao movimento físico”.
A entrevista integra o programa de rádio ECCLESIA deste sábado, Dia Mundial do Doente, pelas 06h00, na Antena 1 da rádio pública, ficando depois disponível online e em podcast.
16.4.20
Cães de idosos de risco vão à rua pela mão de futuros veterinários
Por Notícias ao Minuto
Em período de pandemia várias pessoas viram-se impedidas de sair de casa e levar os animais de companhia à rua. Em Odivelas, Luísa Pinheiro é voluntária no projeto 'Vizinho & Cãopanhia' e ajuda quem mais precisa com os passeios.
É naquele concelho do distrito de Lisboa que a estudante do quinto ano de medicina veterinária se desloca à casa das pessoas que deixaram de poder passear os cães.
Luísa Pinheiro toca à campainha. Do outro lado, encontra-se a dona Antonieta que já não sai de casa há mais de um mês. Teve um problema num joelho e nunca mais saiu.
"Pertence ao grupo de risco. Antes disto [a quarentena] começar ela teve um problema no joelho - em meados de março - e desde aí não pode sair casa. Tem amigas que vão às compras por ela e agora inscreveu-se neste projeto do 'Vizinho & Cãopanhia'", explica a voluntária, em declarações à agência Lusa.
À porta do apartamento, a estudante universitária recebe o cão para passear. Chama-se Alf - como o da série dos anos 80 - e a dona com mais de 70 anos faz questão de exclamar que é "um cão do outro mundo".
Mas este Alf "não é do outro mundo" e precisa de ser passeado, porque "não faz muito exercício".
"Tem seis anos. Precisa de fazer mais exercício", realça Luísa Pinheiro, de 23 anos, lembrando que "a dona também disse que ele não fazia muito exercício: chegava a casa do passeio [de manhã] e deitava-se logo na cama, e só se levantava à noite para voltar a passear".
Estudante na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, a voluntária no projeto 'Vizinho & Cãopanhia' (https://aefmvcovid19.wixsite.com/vizinhoecaopanhia) assinala que é importante ajudar os grupos de risco.
"É fácil. Nós agora estamos a ter aulas 'online'. Podemos tirar meia hora para vir aqui. Estes passeios são sempre no local de residência. Ou seja, eu moro no mesmo sítio que a senhora, portanto, não me custa nada tirar um bocadinho [de tempo] para vir cá passear [o cão]", revela, esboçando um sorriso.
Por entre aguaceiros e raios de sol, Alf é passeado cerca de uma hora num jardim próximo da casa da dona. Brinca com outros cães que aparecem pelo caminho e faz as suas necessidades fisiológicas.
De acordo com Luísa Pinheiro, esta foi a primeira vez que passeou o cão da dona Antonieta, que tem sido passeado por mais duas colegas da plataforma de voluntariado - exclusiva aos estudantes de medicina veterinária e de enfermagem veterinária.
"Este foi o projeto que me identifiquei mais e, então, decidi ajudar ao tornar-me voluntária", afirma a universitária, acrescentando que vai tentar "fazer com que as pessoas tenham dias mais fáceis".
Para Luísa Pinheiro, os dias tornam-se "mais bonitos" com os passeios porque pode ajudar quem mais precisa.
Com vontade de fazer a diferença, a voluntária assegura ainda que faz sentido o projeto 'Vizinho e Cãopanhia' abranger apenas os alunos da área da veterinária, uma vez que há pessoas que não se sentem à vontade em entregar os seus animais a qualquer um.
"Sabem que vão ter uma garantia, que os estudantes de medicina veterinária ou de enfermagem veterinária vão saber cuidar bem dos seus cães. Eu também acho que não daria o meu cão a qualquer pessoa sem saber se iria tratar bem ou não", frisa.
Lançada em 27 de março, a plataforma 'Vizinho & Cãopanhia' surgiu da necessidade de assegurar os passeios dos animais de companhia de grupos de risco, durante a pandemia da covid-19, segundo a Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina Veterinária (AEFMV) da Universidade de Lisboa.
Em período de pandemia várias pessoas viram-se impedidas de sair de casa e levar os animais de companhia à rua. Em Odivelas, Luísa Pinheiro é voluntária no projeto 'Vizinho & Cãopanhia' e ajuda quem mais precisa com os passeios.
É naquele concelho do distrito de Lisboa que a estudante do quinto ano de medicina veterinária se desloca à casa das pessoas que deixaram de poder passear os cães.
Luísa Pinheiro toca à campainha. Do outro lado, encontra-se a dona Antonieta que já não sai de casa há mais de um mês. Teve um problema num joelho e nunca mais saiu.
"Pertence ao grupo de risco. Antes disto [a quarentena] começar ela teve um problema no joelho - em meados de março - e desde aí não pode sair casa. Tem amigas que vão às compras por ela e agora inscreveu-se neste projeto do 'Vizinho & Cãopanhia'", explica a voluntária, em declarações à agência Lusa.
À porta do apartamento, a estudante universitária recebe o cão para passear. Chama-se Alf - como o da série dos anos 80 - e a dona com mais de 70 anos faz questão de exclamar que é "um cão do outro mundo".
Mas este Alf "não é do outro mundo" e precisa de ser passeado, porque "não faz muito exercício".
"Tem seis anos. Precisa de fazer mais exercício", realça Luísa Pinheiro, de 23 anos, lembrando que "a dona também disse que ele não fazia muito exercício: chegava a casa do passeio [de manhã] e deitava-se logo na cama, e só se levantava à noite para voltar a passear".
Estudante na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, a voluntária no projeto 'Vizinho & Cãopanhia' (https://aefmvcovid19.wixsite.com/vizinhoecaopanhia) assinala que é importante ajudar os grupos de risco.
"É fácil. Nós agora estamos a ter aulas 'online'. Podemos tirar meia hora para vir aqui. Estes passeios são sempre no local de residência. Ou seja, eu moro no mesmo sítio que a senhora, portanto, não me custa nada tirar um bocadinho [de tempo] para vir cá passear [o cão]", revela, esboçando um sorriso.
Por entre aguaceiros e raios de sol, Alf é passeado cerca de uma hora num jardim próximo da casa da dona. Brinca com outros cães que aparecem pelo caminho e faz as suas necessidades fisiológicas.
De acordo com Luísa Pinheiro, esta foi a primeira vez que passeou o cão da dona Antonieta, que tem sido passeado por mais duas colegas da plataforma de voluntariado - exclusiva aos estudantes de medicina veterinária e de enfermagem veterinária.
"Este foi o projeto que me identifiquei mais e, então, decidi ajudar ao tornar-me voluntária", afirma a universitária, acrescentando que vai tentar "fazer com que as pessoas tenham dias mais fáceis".
Para Luísa Pinheiro, os dias tornam-se "mais bonitos" com os passeios porque pode ajudar quem mais precisa.
Com vontade de fazer a diferença, a voluntária assegura ainda que faz sentido o projeto 'Vizinho e Cãopanhia' abranger apenas os alunos da área da veterinária, uma vez que há pessoas que não se sentem à vontade em entregar os seus animais a qualquer um.
"Sabem que vão ter uma garantia, que os estudantes de medicina veterinária ou de enfermagem veterinária vão saber cuidar bem dos seus cães. Eu também acho que não daria o meu cão a qualquer pessoa sem saber se iria tratar bem ou não", frisa.
Lançada em 27 de março, a plataforma 'Vizinho & Cãopanhia' surgiu da necessidade de assegurar os passeios dos animais de companhia de grupos de risco, durante a pandemia da covid-19, segundo a Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina Veterinária (AEFMV) da Universidade de Lisboa.
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