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15.9.20

Um terço das empresas está a conquistar clientes que não tinha antes da pandemia

in Expresso

Indicador animador está em linha com o programa de exportações já delineado pelo Governo, lembra o secretário de Estado da Internacionalização ao “Jornal de Negócios”

Quase um terço das empresas está a conquistar novos clientes face aos que tinha antes da pandemia. A conclusão é do estudo “Sinais Vitais”, da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), citado esta terça-feira pelo “Jornal de Negócios” e referente ao mês de agosto. “Os últimos meses, em particular na componente de bens, registam melhorias em cadeia e uma diminuição do gap face ao período homólogo”, salienta o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, ao jornal.

“Apesar da incerteza criada pelo contexto sanitário, espera-se um ano de 2021 de recuperação, o que aliás está em linha com as previsões de todas as organizações internacionais”, reforça ainda o governante.

O Programa Internacionalizar 2030 terá o “triplo objetivo de alargar e consolidar a base de empresas exportadoras, diversificar os mercados de exportação e atingir um volume de exportações correspondente a 50% do PIB até 2027”, pode ler-se no documento das Grandes Opções do Plano (GOP), já aprovado em Conselho de Ministros. A meta anterior era o ano de 2025, mas foi feita uma revisão em julho, devido aos impactos económicos da pandemia.

19.1.15

"A ideia de que o mercado é capaz de se autorregular é uma treta", diz Silva Peneda

in Diário de Notícias

O presidente do Conselho Económico e Social (CES) afirmou hoje que o poder político tem de colocar o poder financeiro "na ordem".

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Silva Peneda, afirmou hoje que "a ideia de que o mercado é capaz de se autorregular é uma treta".

"Ficou demonstrado que o mercado não é capaz de se autorregular, daí que o Estado, os poderes públicos, têm de ser reforçados", sustentou Silva Peneda, que falava esta tarde, em Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos, distrito do Porto, no âmbito de um debate organizado pela Federação Distrital do PS do Porto sobre "Melhor Estado -- Mais Democracia".

Para o responsável, o "poder político deixou-se capturar pelo poder financeiro" e "para se dignificar tem que dar mostras que põe o poder financeiro na ordem".

Silva Peneda disse que o país não pode "acordar de manhã com surpresas, como aconteceu com o BES", considerando que a "monitorização permanente do sistema financeiro é algo essencial".

"Temos de ter um sistema de regulação muito mais eficaz, com a consciência de que esta crise levou-nos a um tempo de transição, que ainda não encontrámos as soluções finais", frisou.

Defendendo que os diferentes equilíbrios têm de estar "mais ou menos arrumados", Silva Peneda afirmou que "quando há um desequilíbrio e o poder político o quer corrigir à bruta, de forma violenta, muitas vezes pode criar muitos outros desequilíbrios".

"A obsessão pelo défice", disse, "criou outros desequilíbrios na sociedade, por exemplo a perda da importância da classe média, e uma classe média forte é fundamental para um país funcionar".

Sobre a regionalização, que sempre defendeu, Silva Peneda disse que esta "passará tanto melhor quanto mais se souber explicar que é peça importante para ter um Estado mais barato e mais eficaz".

Silva Peneda entende que "o centralismo levou ao desperdício, à opacidade", e o processo da regionalização está condicionado à forma como for explicado.