in TSF
O Eurostat indicou hoje que a taxa de desemprego em Portugal desceu em julho, pelo terceiro mês consecutivo, para os 16,5%. Na zona euro a taxa ficou pelos 12,1% em julho.
De acordo com o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), que reviu em baixa de 0,7 pontos percentuais a taxa de desemprego verificada em Portugal em junho (dos divulgados 17,4% para 16,7%), no mês passado verificou-se novo recuo, de 0,2 pontos, para os 16,5%, tendo Portugal deixado de ser o terceiro país da UE com uma taxa mais elevada, e passado a ser o quinto.
O Eurostat justifica as revisões, sobretudo as mais significativas, como no caso de Portugal, com a inclusão no processo de cálculo da taxa de desemprego dos dados mais recentes do estudo da UE sobre a força de trabalho, com base no qual calcula a taxa de desemprego, resultado do número de pessoas desempregadas enquanto percentagem da força de trabalho.
Segundo os novos valores do Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal afinal não foi então tão elevada nos últimos meses: em abril foi de 17,3% (contra os 17,8% anteriormente divulgados), caiu para os 17% em maio (antes o valor era de 17,6%), para os 16,7% em junho, e para os 16,5% em julho, mantendo-se a tendência de descida desde abril deste ano.
À luz destes dados, Portugal deixou de ser o terceiro país da UE com uma taxa de desemprego mais elevada, como se verificara ao longo dos últimos meses, mas sim o quinto - atrás de Grécia (27,6%), Espanha (26,3%), Chipre (17,3%) e Croácia (16,7) -, e apresenta agora uma taxa apenas meio ponto percentual acima daquela verificada um ano antes, em julho de 2012 (16,0%).
No entanto, Portugal continua bastante acima da média europeia, já que, em julho, a taxa de desemprego foi de 12,1% na zona euro e de 11% no conjunto da União Europeia, valores idênticos aos do mês anterior. Em julho havia 19,231 milhões de pessoas sem emprego na zona euro.
Em termos de desemprego jovem (cidadãos com menos de 25 anos), para a qual o Eurostat também reviu em baixa os dados dos últimos meses referentes a Portugal, registou-se um recuo de um ponto percentual, com a taxa a cair dos 38,4% em junho para os 37,4% em julho.
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30.8.13
7.8.13
Taxa de desemprego baixa para 16,4%
Pedro Crisóstomo, in Público on-line
Número de desempregados no segundo trimestre recuou para 886 mil, mas continua a ser mais elevado do que um ano antes.
A taxa de desemprego medida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) recuou para 16,4% da população activa no segundo trimestre. É a primeira descida em dois anos nas estatísticas do INE, mas o número de pessoas sem trabalho continua em níveis historicamente elevados.
Em Portugal, havia 886 mil desempregados no segundo trimestre, menos 66,2 mil pessoas do que nos três primeiros meses deste ano, mas mais 59,1 mil do que no período homólogo.
A taxa de desemprego recuou pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2011. A queda, de 1,3 pontos percentuais, é a maior entre trimestres em 15 anos, ao mesmo tempo em que houve um aumento marginal da taxa de actividade (de 0,1 pontos percentuais). Ao todo, a população em idade activa passou a ter mais 6,2 mil pessoas, aumentando para 5,39 milhões de indivíduos.
O Governo prevê, no entanto, que a taxa de desemprego continue a aumentar até ao final do ano. E os números continuam a espelhar as dificuldades de recuperação sustentada do mercado de trabalho.
Mais de metade dos desempregados são pessoas que estão fora do mercado de trabalho há um ano ou mais tempo, uma realidade que não passa ao lado do facto de serem os mais velhos e os menos qualificados os rostos do desemprego de longa duração. Embora na comparação trimestral tenha diminuído o número de pessoas que continuam fora do mercado de trabalho há, pelo menos, 12 meses, há registo de 548,3 mil pessoas – e o número é superior em 105 mil face ao segundo trimestre do ano passado.
Entre os 886 mil desempregados, 463,2 mil são homens (16,4% da população activa masculina) e 422,8 mil são mulheres (uma taxa de 16,5%).
Contratos a prazo aumentam
De Abril a Junho, a população empregada aumentou em 72,4 mil pessoas face ao trimestre anterior (baixou em 182,6 mil na comparação homóloga), o que ajuda a explicar a queda trimestral do desemprego. Mas os dados indiciam um crescimento frágil no número de empregos.
Não só houve um acréscimo mais forte dos contratos com termo do que sem termo, como apenas há um aumento na agricultura, floresta, pesca e serviços (onde se incluem os empregos da hotelaria e restauração, que a partir de Junho são um catalisador dos chamados empregos sazonais). Pelo contrário, na indústria, construção e energia, o número de empregos recuou.
A maior queda do desemprego registou-se no Algarve, onde a taxa passou, do primeiro para o segundo trimestre, de 20,5% para 16,9%, ficando abaixo do valor registado no segundo trimestre de 2012, o que não acontece em nenhuma das outras regiões.
O número de empregos engrossou entre quase todas as idades (a faixa dos 35 aos 44 anos foi a excepção), com o maior aumento percentual a registar-se na população jovem (dos 15 aos 24 anos). Nesta faixa etária, houve um crescimento de 4% no número de empregos, o equivalente a um acréscimo de 10,1 mil empregos em três meses. Mas a entrada de pessoas com o ensino superior concluído baixou do primeiro para o segundo trimestre (2%), havendo apenas um crescimento entre a população empregada que concluiu o secundário (2,1%) e o 9.º ano (0,1%).
Dados mais recentes do Eurostat, que publica estatísticas mensais, apontam para um recuo do nível de desemprego para 17,4% da população activa em Junho. A taxa medida pelo gabinete estatístico europeu não é comparável com a do INE, uma vez que é calculada com uma metodologia diferente, baseando-se nas estatísticas trimestrais do INE e nos dados registados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Governo vê sinal de esperança
O PSD já veio, em comunicado, notar a descida estimada pelo INE considerando-a “um importante avanço na situação social e económica do país”, por confirmarem, segundo os sociais-democratas, que “o esforço colectivo dos portugueses nos últimos dois anos não foi em vão”.
Mais contida foi a reacção do ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, que embora, falando num sinal de esperança, se referiu ao desemprego como “a maior fractura do ponto de vista social” no país.
O Bloco de Esquerda e o PCP vieram deixar alertas sobre os números do desemprego. O coordenador do BE, João Semedo, atribuiu o recuo da taxa a uma variação sazonal e o mesmo disse à Lusa o dirigente comunista José Lourenço. “O problema de fundo é a recessão da economia. Enquanto continuar a austeridade e provocar a recessão não conseguimos ter emprego para todos os portugueses”, afirmou, citado por aquela agência noticiosa. Também para o PCP os dados agora conhecidos “não revelam qualquer alteração da situação de desastre económico e social”, disse José Lourenço.
Número de desempregados no segundo trimestre recuou para 886 mil, mas continua a ser mais elevado do que um ano antes.
A taxa de desemprego medida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) recuou para 16,4% da população activa no segundo trimestre. É a primeira descida em dois anos nas estatísticas do INE, mas o número de pessoas sem trabalho continua em níveis historicamente elevados.
Em Portugal, havia 886 mil desempregados no segundo trimestre, menos 66,2 mil pessoas do que nos três primeiros meses deste ano, mas mais 59,1 mil do que no período homólogo.
A taxa de desemprego recuou pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2011. A queda, de 1,3 pontos percentuais, é a maior entre trimestres em 15 anos, ao mesmo tempo em que houve um aumento marginal da taxa de actividade (de 0,1 pontos percentuais). Ao todo, a população em idade activa passou a ter mais 6,2 mil pessoas, aumentando para 5,39 milhões de indivíduos.
O Governo prevê, no entanto, que a taxa de desemprego continue a aumentar até ao final do ano. E os números continuam a espelhar as dificuldades de recuperação sustentada do mercado de trabalho.
Mais de metade dos desempregados são pessoas que estão fora do mercado de trabalho há um ano ou mais tempo, uma realidade que não passa ao lado do facto de serem os mais velhos e os menos qualificados os rostos do desemprego de longa duração. Embora na comparação trimestral tenha diminuído o número de pessoas que continuam fora do mercado de trabalho há, pelo menos, 12 meses, há registo de 548,3 mil pessoas – e o número é superior em 105 mil face ao segundo trimestre do ano passado.
Entre os 886 mil desempregados, 463,2 mil são homens (16,4% da população activa masculina) e 422,8 mil são mulheres (uma taxa de 16,5%).
Contratos a prazo aumentam
De Abril a Junho, a população empregada aumentou em 72,4 mil pessoas face ao trimestre anterior (baixou em 182,6 mil na comparação homóloga), o que ajuda a explicar a queda trimestral do desemprego. Mas os dados indiciam um crescimento frágil no número de empregos.
Não só houve um acréscimo mais forte dos contratos com termo do que sem termo, como apenas há um aumento na agricultura, floresta, pesca e serviços (onde se incluem os empregos da hotelaria e restauração, que a partir de Junho são um catalisador dos chamados empregos sazonais). Pelo contrário, na indústria, construção e energia, o número de empregos recuou.
A maior queda do desemprego registou-se no Algarve, onde a taxa passou, do primeiro para o segundo trimestre, de 20,5% para 16,9%, ficando abaixo do valor registado no segundo trimestre de 2012, o que não acontece em nenhuma das outras regiões.
O número de empregos engrossou entre quase todas as idades (a faixa dos 35 aos 44 anos foi a excepção), com o maior aumento percentual a registar-se na população jovem (dos 15 aos 24 anos). Nesta faixa etária, houve um crescimento de 4% no número de empregos, o equivalente a um acréscimo de 10,1 mil empregos em três meses. Mas a entrada de pessoas com o ensino superior concluído baixou do primeiro para o segundo trimestre (2%), havendo apenas um crescimento entre a população empregada que concluiu o secundário (2,1%) e o 9.º ano (0,1%).
Dados mais recentes do Eurostat, que publica estatísticas mensais, apontam para um recuo do nível de desemprego para 17,4% da população activa em Junho. A taxa medida pelo gabinete estatístico europeu não é comparável com a do INE, uma vez que é calculada com uma metodologia diferente, baseando-se nas estatísticas trimestrais do INE e nos dados registados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Governo vê sinal de esperança
O PSD já veio, em comunicado, notar a descida estimada pelo INE considerando-a “um importante avanço na situação social e económica do país”, por confirmarem, segundo os sociais-democratas, que “o esforço colectivo dos portugueses nos últimos dois anos não foi em vão”.
Mais contida foi a reacção do ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, que embora, falando num sinal de esperança, se referiu ao desemprego como “a maior fractura do ponto de vista social” no país.
O Bloco de Esquerda e o PCP vieram deixar alertas sobre os números do desemprego. O coordenador do BE, João Semedo, atribuiu o recuo da taxa a uma variação sazonal e o mesmo disse à Lusa o dirigente comunista José Lourenço. “O problema de fundo é a recessão da economia. Enquanto continuar a austeridade e provocar a recessão não conseguimos ter emprego para todos os portugueses”, afirmou, citado por aquela agência noticiosa. Também para o PCP os dados agora conhecidos “não revelam qualquer alteração da situação de desastre económico e social”, disse José Lourenço.
Desemprego cai pela primeira vez em dois anos
in Visão
A taxa de desemprego em Portugal foi de 16,4% no 2.º trimestre, 1,3 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior, mas mais 1,4 pontos percentuais do que no mesmo período de 2012
Segundo os resultados do Inquérito ao Emprego do INE, de abril a junho a população desempregada foi de 886 mil pessoas, o que representa um aumento homólogo de 7,1% e uma diminuição trimestral de 7,0% (mais 59,1 mil e menos 66,2 mil pessoas, respetivamente).
Já a população empregada foi de 4,5 milhões de pessoas, o que traduz uma diminuição homóloga de 3,9% e um aumento trimestral de 1,6% (menos 182,6 mil e mais 72,4 mil pessoas, respetivamente).
De acordo com o INE, no 2.º trimestre a taxa de desemprego dos homens (16,4%) foi "ligeiramente inferior" à das mulheres (16,5%), tendo ambas as taxas diminuído face ao trimestre anterior (1,4 e 1,0 pontos percentuais, respetivamente) e aumentado relativamente ao trimestre homólogo de 2012 (1,3 e 1,6 pontos percentuais).
De abril a junho, face ao trimestre anterior, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões, com destaque para o Algarve (menos 3,6 pontos percentuais), o Centro (menos 1,8 pontos percentuais) e o Norte (menos 1,4 pontos percentuais).
As taxas de desemprego mais elevadas e superiores à média nacional foram registadas em Lisboa (19,3%), na Região Autónoma da Madeira (18,8%), no Norte (17,2%), no Alentejo (17,2%) e no Algarve (16,9%). Pelo contrário, os valores inferiores à média nacional ocorreram no Centro (11,5%) e na Região Autónoma dos Açores (16,1%).
A diminuição trimestral da população desempregada ocorreu essencialmente nos segmentos dos homens e das pessoas entre os 15 e os 34 anos, assim como no grupo com nível de escolaridade completo correspondente a qualquer um dos três níveis de ensino considerados, no segmento à procura de novo emprego (com origem sobretudo nos serviços) e no grupo que procura emprego há menos de 12 meses.
A taxa de desemprego em Portugal foi de 16,4% no 2.º trimestre, 1,3 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior, mas mais 1,4 pontos percentuais do que no mesmo período de 2012
Segundo os resultados do Inquérito ao Emprego do INE, de abril a junho a população desempregada foi de 886 mil pessoas, o que representa um aumento homólogo de 7,1% e uma diminuição trimestral de 7,0% (mais 59,1 mil e menos 66,2 mil pessoas, respetivamente).
Já a população empregada foi de 4,5 milhões de pessoas, o que traduz uma diminuição homóloga de 3,9% e um aumento trimestral de 1,6% (menos 182,6 mil e mais 72,4 mil pessoas, respetivamente).
De acordo com o INE, no 2.º trimestre a taxa de desemprego dos homens (16,4%) foi "ligeiramente inferior" à das mulheres (16,5%), tendo ambas as taxas diminuído face ao trimestre anterior (1,4 e 1,0 pontos percentuais, respetivamente) e aumentado relativamente ao trimestre homólogo de 2012 (1,3 e 1,6 pontos percentuais).
De abril a junho, face ao trimestre anterior, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões, com destaque para o Algarve (menos 3,6 pontos percentuais), o Centro (menos 1,8 pontos percentuais) e o Norte (menos 1,4 pontos percentuais).
As taxas de desemprego mais elevadas e superiores à média nacional foram registadas em Lisboa (19,3%), na Região Autónoma da Madeira (18,8%), no Norte (17,2%), no Alentejo (17,2%) e no Algarve (16,9%). Pelo contrário, os valores inferiores à média nacional ocorreram no Centro (11,5%) e na Região Autónoma dos Açores (16,1%).
A diminuição trimestral da população desempregada ocorreu essencialmente nos segmentos dos homens e das pessoas entre os 15 e os 34 anos, assim como no grupo com nível de escolaridade completo correspondente a qualquer um dos três níveis de ensino considerados, no segmento à procura de novo emprego (com origem sobretudo nos serviços) e no grupo que procura emprego há menos de 12 meses.
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