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18.12.20

Covid-19: Médicos pedem inclusão de pessoas com trissomia 21 nas primeiras vacinas

in Público on-line

Petição já seguiu para o gabinete do primeiro-ministro, António Costa. Principal argumento: a taxa de letalidade entre os infectados com trissomia 21 com mais de 40 anos foi de 45%.

A Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21 enviou uma petição ao primeiro-ministro, António Costa, subscrita por um grupo de médicos, que pede a inclusão destes doentes na primeira fase de vacinação contra a covid-19.

O documento foi enviado na quarta-feira por um grupo de profissionais que tem acompanhado pessoas com trissomia 21, adisse hoje à agência Lusa uma fonte ligada a este processo.

“De acordo com o mais recente estudo internacional, a taxa de letalidade entre os sujeitos com trissomia 21 hospitalizados com idades superiores a 40 anos foi de 45%”, de acordo com a mesma fonte.

A petição visa a inclusão dos cidadãos com trissomia 21, com mais de 30 anos, na primeira fase da vacinação anti-SARS-Cov-2.

No documento, os peticionários alegam que as pessoas com trissomia 21 têm “uma prevalência muito aumentada de défices da imunidade”.

Por outro lado, “experimentam um processo de envelhecimento precoce, expresso, não raramente, sobretudo a partir dos 35 anos de idade, por manifestações clínicas comparáveis com a doença de Alzheimer.

“Exibem também, amiúde, comportamentos de risco, motivados pelo défice cognitivo, expressos por uma menor capacidade de adopção de medidas de protecção”, como o afastamento físico adequado do interlocutor, a utilização adequada de máscaras faciais ou a lavagem eficaz e regular das mãos, segundo a fundamentação que acompanha o pedido ao chefe do governo.

De acordo com os médicos, as situações de isolamento podem ter consequências emocionais devastadoras nestas pessoas.

Os clínicos estimam em cerca de 2000 pessoas a população portuguesa com trissomia 21, acima dos 40 anos.

19.9.13

A diferença trocada por miúdos em histórias de meninos especiais

por Maria João Costa, in RR

Explicar às crianças o que é um amigo com trissomia 21, autismo ou paralisia cerebral é o objectivo dos três livros que são esta quinta-feira apresentados em Lisboa. As histórias são escritas por Alice Vieira, Luísa Beltrão e Luísa Ducla Soares.

“Cada um tem a sua síndrome. A Vera tem Trissomia 21 e é uma menina muito bonita. O segundo é uma criança com autismo, o João, e o terceiro uma criança, o Tiago, com paralisia cerebral”, explica à Renascença a escritora Luísa Beltrão.

As histórias “levam a criança a ter um ponto de partida para perceber a importância que tem a outra criança, diferente, ser tratada como igual. Também precisam de afecto e carinho”, acrescenta.

A colecção “Meninos Especiais” nasceu da boa vontade de todos, “pessoas de várias áreas – autores, ilustradores, editores, paginadores, gráficos – que se juntaram e deram o que tinham de seu para realizar um projecto tão bonito como este”.

Cada livro custa três euros, que revertem para a Pais em Rede. O lançamento acontece na Livraria Ler Devagar, em Lisboa, com a presença dos pequenos heróis que inspiraram as escritoras.

21.3.13

Pais sensibilizam empresas para capacidades de jovens com trissomia 21

in Jornal de Notícias

Um grupo de pais de jovens com trissomia 21 vai lançar na quarta-feira uma campanha de sensibilização sobre a capacidade destes deficientes terem empregos e salários equivalentes e defendem as vantagens para o Estado em tempo de crise.

A campanha - lançada um dia antes da comemoração do dia mundial da trissomia 21 - tem como tema "Acredita, eu consigo" e visa combater os preconceitos contra estas pessoas, além de mostrar o seu potencial enquanto trabalhadores, explicou à Lusa um dos membros da associação, Marcelina Souschek.

Os anúncios serão lançados nas principais cidades do país e apresentam 10 casos de crianças e jovens que mostram o que fazem e são capazes de fazer.

"Queremos com esta campanha, mais do que sensibilizar, mudar mentalidades, provocar no público e nas empresas a reflexão sobre a capacidade e a responsabilidade de cada agente económico e social gerar oportunidades para as pessoas com trissomia 21", explica a mesma responsável.

"Os agentes económicos também têm a capacidade de gerar oportunidades e estas oportunidades vão criar um projeto de vida", defendeu a responsável da associação Pais 21.

Este ano, a associação quis focar-se sobretudo nos jovens deficientes à procura de trabalho, que, tal como todos na sua faixa etária, se debatem com muito maiores dificuldades por causa da crise económica.

"É evidente que a crise é transversal e afeta também as pessoas com deficiência. O grande problema aqui é que estas são pessoas mais vulneráveis", afirma Marcelina Souschek, sublinhando que os cortes financeiros que estão a ser feitos reduzem os apoios necessários às pessoas que têm esta doença.

"Todos estes cortes fazem com que os miúdos tenham menos apoios e com que os pais já não tenham dinheiro para pagar -- já que o Estado comparticipa pouquíssimo -- por um acompanhamento", criticou.

"Isto não funciona pegando num jovem que vai iniciar um emprego e levando-o para lá para que ele se resolva, como outro jovem. É preciso um acompanhamento inicial", lembra Marcelina Souschek, sublinhando que empregar jovens com trissomia 21 também vai poupar dinheiro ao Estado.

"Deixa de haver jovens em instituições, que não estão a fazer nada, que sofrem depressões ou outras doenças mentais, e passamos a ter jovens ativos, saudáveis, que saem e que têm amigos", afirmou.

O dia mundial da trissomia 21 é assinalado em Portugal desde 2008 e foi reconhecido pelas Nações Unidas em 2012.

Inserido na Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21 (APPT21), o grupo Pais 21 foi criado em 2009 e tem como objetivo "desmistificar a imagem das pessoas com esta doença e mostrar que são muito mais iguais que diferentes, têm grandes competências sociais, conseguem ser autónomas, ler, escrever e fazer desporto, ter uma profissão, ter uma vida", refere a entidade.

O dia 21 de março foi escolhido em alusão ao cromossoma adicional no par 21 que as pessoas com trissomia 21 têm.

A doença também é conhecida por síndrome de Down e é a alteração genética mais comum.