3.7.23

​Portugal tem de “correr” para garantir salários competitivos para os jovens

Cristina Nascimento, in RR 


Ministra do Trabalho assegura que a evolução salarial tem sido positiva, mas reconhece que tem de ser feito mais para que os jovens encontrem condições em Portugal. Objetivo é convergência dos salários com a média europeia até 2026.


A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, reconhece que Portugal precisa de “correr” para garantir salários competitivos para os jovens.

No lançamento do programa “Avançar” esta segunda-feira, em declarações à Renascença, a ministra assegura que “os números recentes mostram que houve uma evolução positiva, nomeadamente o da valorização dos salários dos jovens em Portugal desde 2015, com aumento de cerca de 44%, mas não chega”.

A governante lembrou que o objetivo estabelecido no acordo de rendimentos é “convergir com a média europeia do peso dos salários no PIB até 2026”, acrescentado que estão a tentar “acelerar e colocar velocidade” neste que “é um objetivo crítico para o nosso país”.


“É preciso mesmo avançar, mas, mais do que avançar, é até correr”, admite.

Ana Mendes Godinho considera que é neste esforço que se insere o programa “Avançar”, um programa que prevê a atribuição, durante um ano, de uma bolsa de 150 euros a 25 mil jovens qualificados até aos 35 anos que sejam contratados sem termo com um salário mensal de pelo menos 1.330 euros.

O programa é também “um repto coletivo” lançado a todos, afirma a ministra.

No lançamento do programa "Avançar", que se realizou em Lisboa, marcaram presença vários parceiros sociais, bem como jovens trabalhadores que relataram que dificuldades e receios sentiram na integração no mercado laboral.

Foi feita também uma apresentação por parte do professor do ISCTE Paulo Marques sobre o "Retrato do Emprego Jovem em Portugal". Este especialista revelou que, em 2022, terão saído de Portugal entre 70 a 75 mil trabalhadores.