23.2.11

Projecto de combate à pobreza em Alpiarça continua parado

in O Mirante

O vereador da Câmara de Alpiarça Luís Garrotes (PS) sugeriu durante a última reunião do executivo que a Câmara de Alpiarça contacte a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Serrão, para lhe dar conhecimento da “preocupação” do executivo municipal em relação ao projecto de combate à pobreza no concelho que continua parado.

Luís Garrotes recordou que foi a secretária de Estado que assinou o protocolo de entendimento para a realização dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS) e como responsável pela Segurança Social deveria ter conhecimento do assunto.

Recorde-se que depois da autarquia não ter chegado a entendimento com a Fundação José Relvas para coordenar o projecto, foi proposto que a Arpica - Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Alpiarça coordenasse o projecto. Depois de quatro meses sem dar uma resposta a Segurança Social decidiu, em Dezembro, que a Arpica não reunia todas as condições para coordenar o projecto.

A situação encontra-se num impasse uma vez que o município aguarda uma resposta da Segurança Social a quem pediram o agendamento de uma reunião.

O contrato de combate à pobreza começou ainda no anterior mandato, quando Vanda Nunes (PS) era presidente da câmara. Esta recusou-se a assinar o projecto, entregue à Fundação José Relvas, por não concordar com os valores dos ordenados dos técnicos. Dos 525 mil euros do orçamento para o projecto de combate à pobreza, 363 mil euros eram destinados a pagar os vencimentos dos técnicos.

O actual presidente da câmara, Mário Pereira (CDU), era então vereador na oposição e também se manifestou contra os elevados vencimentos. Após ganhar as eleições autárquicas – em Outubro de 2009 - Mário Pereira não mudou de opinião mas tentou chegar a um acordo com a fundação, só que esta mostrou-se sempre contra a possibilidade de mexer nos ordenados.

Depois de várias tentativas de negociação, autarquia e Fundação José Relvas não chegaram a um entendimento. Em Junho deste ano Mário Pereira propôs que seja a Arpica a assumir o projecto. A instituição aceitou a proposta da autarquia, mas está tudo parado porque a Segurança Social não aceitou a proposta.